quarta-feira, 5 de agosto de 2009

OS DOIS REINOS

DOIS REINOS

Vivemos neste mundo, como o Pai determinou nos colocar aqui para louvor de sua glória, coroa da sua criação para vivermos a adorá-lo e desfrutarmos de tudo que há no mundo, sejam mares, os peixes, as aves do céu e toda sua natureza, foi nos dada para nosso aprazimento do homem e da mulher.
Sabemos, porém que a desobediência nos trouxe conseqüências graves e fortes para nosso verdadeiro propósito aqui no mundo.
Distanciamos-nos do nosso Criador, evolvemo-nos com o pecado, o erro de que sem Ele, nada do que foi feito foi para Ele e por ele existem todas as coisas. Nossa existência está Nele, o respirar e todo plano dos homens pertence à resposta somente Dele aprovar. Como nós temos sidos reprovados por Ele, por fazer do nosso jeito, de inclinarmos para velha natureza a nossa vontade. Com isso gerou uma habilitação do inimigo das nossas almas, sujeitando o vaso mais frágil para denegrir a raça humana e por conseqüência alcançou o homem na sua virilidade, porém na sua negligência caiu e provocou uma catástrofe na humanidade sem precedentes que por misericórdia de Deus, fomos resgatados pela paixão da cruz. O Senhor planejou o Reino pela base de seu trono que é a sua justiça, e por essa mesma desfez todo projeto do maligno para estabelecer o seu Reino não somente no céu da sua glória, mas agora dentro de nós. Colocando a sua pessoa santíssima de um tabernáculo de barro por algum tempo, mas manifestará o tabernáculo eterno quando, Ele o Senhor vier nas nuvens e quando ouvirmos a som da trombeta e com seus milhares dos seus anjos. O Reino Dele agora nos é chegado por meio do seu Filho amado que conquistou um Nome sobre todo o nome, quer seja no céu, quer seja debaixo da terra, Ele é o Senhor.
Dentro de tudo isso estamos vivendo num reino perverso, tenebroso onde resplandecemos como luzeiros. Esse mandamento de estarmos por algum tempo neste reino perverso para o propósito divino. Propósito este é o que ele disse: Livrai-vos de todo o mal, e em outro lugar não vos deixarei órfãos, enviarei o Consolador (o outro) que glorificará o Pai e nos guiará em toda a verdade. Não andamos agora neste mundo perdido sem direção, mais levamos a fragrância do conhecimento de Deus em todo o lugar, estabelecendo o seu reino nos corações de todos os homens que são chamados segundo o seu decreto, escolhidos Dele. Para que a sua criação volte a adorá-lo em espírito e em Verdade, como dantes. É difícil, mas não impossível peregrinar neste outro reino onde muitas vezes nos deixamos nos enganar com falsas alegrias e desejos, que só nos levam à morte, que não nos traz vida e paz como no outro Reino. Esse reino de trevas nos atraiu de forma covarde e injusta como é próprio deste reino, nos atacando a todo tempo, com doenças, preocupações, guerras civis e militares, egocentrismo ao extremo, neste reino pessoas andam como zumbis declarando que estão vivos, porém mortos em seus delitos e pecados. Sua incapacidade de envergar a resplandecente glória do seu criador deixando-os cegos, loucos e fanáticos por uma vida melhor distante daquele que é o AUTOR DA VIDA.
Em que Reino nós como igreja desejamos e estamos vivendo? – Pois parece que tentamos querer viver nestes dois, sabendo que uma casa dividida não subsiste, por causa da nossa insubmissão ao Criador do Céu e da Terra, o que faremos?
Jesus nos disse: Aquele que vier a mim tome sua cruz e me siga; - cruz essa que não queremos olhar para ela, pois ela revela quem somos nós. Digo a minha própria alma e a você caro leitor (a), não somos desse mundo, ou melhor, deste Reino Tenebroso.
Agora em Cristo, fomos transportados para Reino do Filho do seu Amor, queridos que o nosso coração de pedra se torne de carne pela submissão à sua palavra e que de fato e verdade, estejamos nesse VERDADEIRO REINO DE JUSTIÇA, PAZ E ALEGRIA NO ESPÍRITO SANTO.
- Naquele dia, receberemos a recompensa a Corôa Imarcescível.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ouvir a voz do Coração e compreender

A ouvir a voz do coração e compreender
Tenho recebido de Deus inspiração para escrever sobre ouvir a voz Coração. Deus disse ao povo de Israel: Deuteronômio 6:03 à 06. - Ouvi ó Israel.
Será neste tempo temos ouvido a Voz( a Palavra de Deus), é claro que temos ouvido, e de várias maneiras, a questão é temos OUVIDO DE FORMA ADEQUADA?
em Mateus 13: 01 ao 23- Jesus nos ensina a ouvir a palavra de Deus , com o Coração e também com COMPREENSÃO, vc sabia o que o coração precisa compreender o que Deus está dizendo, por isso a importância de se ouvir de forma correta.
Provérbio 4:20 à 23 - Nos orienta que SOBRE TUDO O QUE DEVEMOS GUARDAR DEVE SER O CORAÇÃO. Será que voçê tem guardado seu coração? Como posso guardar meu coração? Amados(as) a palavra de Deus não PRECISA DE INTERPRETES E SIM PRATICADA. VEJA EM MATEUS 7:24 À 27- O homem é aquilo que REALIZA,suas obras declaram o que está em seu coração.
Por que não ouvimos a Voz do Coração?
Êxodo 6: 09 - Declara que o Povo de Israel estava com sua alma aflita e seu espírito angustiado , isso nos ensina que se nós como igreja estiver desta forma , não poderemos ouvir a voz do coração - A VOZ DO SEU INTERIOR, do seu novo HOMEM ESPIRITUAL. Também não ouvimos quando deixemos de despojar aquilo que Tiago 3:14 - que diz: Para despojar de toda inveja e amargura em nosso coração.
Temos um alerta da parte de Deus, pois o coração aqui citado não é um coração natural e sim o espiritual , pois o coração DE CARNE é totalmente CORRUPTO E PERVERSO, veja em Jeremias 17: 09 à 10- Jeremias declara que o CORAÇÃO DE CARNE NOS ENGANA MAIS DO QUE AS COISAS DO MUNDO.
Não ouvimos a voz também, porque APAGAMOS O ESPÍRITO SANTO DE DEUS EM NÓS,isso se voçê tem o Espírito, pois somente AQUELE QUE É NASCIDO DO ÁGUA E DO ESPÍRITO PODE OUVIR A VOZ DO espírito(CORAÇÃO), sendo que o Espírito Santo é que fala em nosso espírito humano. Em hebreus 12:15, fala sobre que não demos deixar BROTAR NENHUMA RAIZ DE AMARGURA DENTRO DE NÓS, pois isso não nos deixa ouvir a VOZ.
Em Atos 7: 51, fala sobre: RESISTIR AO ESPÍRITO SANTO DE DEUS, isso nos traz sérios problemas e ainda mais deixamos de ouvir a voz de Deus.
Qual a Maneira correta de Ouvir a Voz de Deus?
romanos 10:17 diz: Da mesma forma que recebemos Jesus como Senhor de nossas vidas assim, também ouvir ao Senhor tem que ser na cerne do nosso coração, sem
crê com o coração não seremos justificados por ele.
Mateus 289:19 traz uma revelação maravilhosa de Jesus em nós, que se não ensinarmos ou pregarmos a palavra de Deus não ouviremos a voz Dele em nós a grande omissão precisa ser ouvida, e como será ouvida se mesmo nem nós cristãos estamos proclamando ela. Romanos 8:27 e 28 declara sobre a sensibilidade do Espírito , pois é ele que examina os nossos corações, enquanto voçê ora juntamente com o Espírito Santo , voçê dá liberdade para o Espírito alinhar seu coração ou seja o seu homem interior para ouvir a voz correta, a voz de Deus.
Efésios 5: 19 nos dá um ensinamento de como ouvir mais a voz Dele, somente me enchendo do Espírito poderei ouvir, e quando eu salmodio ao Senhor de todo o meu coração ouço a sua voz e com cânticos espirituais
Colossenses traz algo tremendo da parte de Deus, a voz só é ouvida quando nós estamos cheios da palavra de Cristo, sem Palavra de Deus não ouviremos a voz do Espírito Santo, a voz correta , a voz que nos guia ao único caminho Seguro em nós.
Sejam edificados com essa mensagem, praticando assim , como Eu mesmo terei o zelo de praticá-la. No doce amor de Cristo , Pr. Alexandre.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O QUE NOS FALTA PARA VIVERMOS UMA VIDA NOVA EM SOCIEDADE?










JESUS ensinou a nicodemos, em João 3:03- Necessário que nascessamos de Novo.
E nascer de novo, requer ter a mortificação da carne, como está escrito em colossenses 3:05.
JESUS repreende viemente a Pedro, quando por mover nos sentimentos levou o aopóstolo da igreja primitiva e rever seus conceitos sobre Piedade.
Dizer que somos nascidos de novo, pode tornar um Jargão Evangélico, a sabedoria ela é justificada pela obras. Tiago disse que de onde vem nossas guerras, sim as contendas e divisões, não são porque estamos invejando e vivendo a lutar na esfera da carne. Quando é o Espírito Santo é quem gera gemidos inexpremíveis para interceder diante Daquele que é o Sumo Sacerdote da nossa Confissão. NNova são todas as coisas que deus por seu decreto direciona a sua herança aos seus escolhidos a quem proporcionou a sua bendita GRAÇA de nos converger Nele, isto é Cristo Jesus, nossa nova natureza, a Natureza CELESTIAL. Por isso o apóstolo Paulo diz: que se trouxemos o homem natural, também devemos trazer o homem celestial. Temos uma alma, habitamos num Corpo e temos um espírito, e Cristo realizou a sua obra REDENTORA nos recriando no espírito e pela palavra somos transformados na nossa alma, dando liberdade ao Espírito santo mortificar nossa carne através de nossa decisão em obedecer a Palavra de Cristo.
Desejo aquilo que não agrada à Deus e desejo aquilo que não agrada a mim mesmo, portanto levemos a nossa mente cativa a obediência de Cristo.
Queremos nascer na nossa vontade, sendo que o Espírito Santo é ele quem nos abre os nossos olhos espirituais, para "VER" como Deus VÊ. Santos e imrrepreensíveis, justificados mediante a fé em Cristo Jesus, não tendo justiça própria, pois até nossos atos de justiça sçao como trapos de imundícia diante de Deus.
Somos justificados pela palavra como diz em João17: 17, pois a palavra é a verdade, ela traz a lâmpada para o nosso espírito humano reluzir na face de Cristo em nós. Cristo a Esperança da Glória em Nos.
Precisamos deixar o Espírito Santo encaminhar nossos Pensamentos naquilo que é de boa fama, amável e se tiver algum Louvor nisto seja isso que ocupe nosso pensar. nos nos movemos pela fé, e não por vista, temos que ter o mesmo espírito da Fé, como está escrito: 2 Coríntios 4:13- Cri por isso Falei. Um nascido de novo fala a sua REALIDADE e não RESSUCITA sua velha NATUREZA. Os que andam na carne não podem agradar a Deus e nos tornamos inimigos de Deus, quando andamos, pois nossa carne não se sujeita a lei de Deus.
Nossa realidade é que somos filhos, temos que andar como Filhos de Deus amados em que Ele o Pai se compraz.
Porque nascemos de novo, nascemos para ADORAR.
NASCEMOS para AMAR, e nascemos para SERVIR, andando assim e tendo essa conciência viveremos para ELE e somente para Ele daremos TODA Honra , Toda Glória.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Frases que me Edificaram e vai te EDIFICAR TAMBÉM.

Bob Pierce, o fundador da Visão Mundial, dizia: "Quero que meu coração se quebrante diante das mesmas coisas que quebrantam o coração de Deus".



Espere grandes coisas de Deus; faça grandes coisas para Deus.
WILLIAM CAREY
fundador do movimento missionário moderno.



MINHA FRASE: SER LÍDER NÃO É SER SIMPÁTICO, É TER CARÁTER.

SER LÍDER É: Os líderes aceitam a culpa; os perdedores passam a culpa para outro. RICK WARREN. DO LIVRO LIDERANÇA.

terça-feira, 16 de junho de 2009

para mim mesmo



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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Eu e Voçê temos Servido ao Senhor, ou temos Sido Servidos?

Tenho notado muito nestes últimos anos que nós cristãos estamos sendo muito mais servidos do que estamos servindo ao reino de deus, infelizmente nosso "Evangelho de hoje" tem mostrado que com a "Benção" em nós manifestado por luxúria e falta de contentamento torna-nos mais insaciáveis, sem domínio de si mesmos. Almejo ver uma "Igreja" buscando o Reino de deus e sua justiça de fato e em verdade, não somente um 'jargão" evangélico e pregações distorcida sobre properidade e vida cristã vitoriosa.
Ser vitorioso ao meu ver aqui na terra e ter plena derrota diante do mundo espiritual que é nossa realidade agora é discutível. Vamos então erguer uma só bandeira"a Bandeira do amor ao Evangelho, como diz a escritura ~"não só CREDES , mas padecer POR ELE". Pregar para um povo que precisa CRER é muito fácil , porém pregar para um povo que precisam "SOFRER" por esse Deus de Amor é algo que falta em nossos lugares de adoração. Pois só Ele é digno de TODA ADORAÇÃO, até mesmo no sofrimento por CRISTO JESUS, pois pelas sua pisaduras fomos sarados, será que temos sido sarados pelas pisaduras e andamos nas mesmas?
Reflita sobre isso e me mande um post. ok. sejam abençoados na prática da palavra.

VOÇÊ SABE QUAL É O SEU CHAMADO?

E-book digitalizado por: Levita Digital
Com exclusividade para:
http://ebooksgospel.blogspot.com

http://www.ebooksgospel.com.br





















ANTES DE LER

“Se você encontrar erros de ortografia durante a leitura deste e-book, você pode nos ajudar fazendo a revisão do mesmo e nos enviando.”
Precisamos de seu auxílio para esta obra. Boa leitura!
E-books Evangélicos

























Os Dons do Ministério





Por Kenneth E. Hagin

Centro de Treinamento Bíblico RHEMA
Broken Arrow, Oklahoma



















Coleção GRAÇA EDITORIAL

OS DONS DO MINISTÉRIO


ORIGINAL:
"The Ministry Gifts"
Kenneth Hagin Ministries
P. O. Box 50126
Tulsa.OK 74150-0126


EDIÇÃO:
GRAÇA EDITORIAL
Caixa Postal 1815
Rio de Janeiro — RJ — 20001-970
Tel: (021) 591-2344 / 594-0375


Traduzido do Original em Inglês
"The Ministry Gifts"
por: Rogério Lima Clavello
Maria de Lourdes Magalhães d'Almeida


Editoração: Uma Martins
Capa: Ney Sales












CONTEÚDO

1. A Provisão de Cristo Para Sua Igreja

2. O Chamado Divino

3. A Quem Deus Chama, Ele Equipa

4. Fidelidade ao Chamado

5. Diversidade e Equilíbrio

6. O Apóstolo

7. O Profeta

8. O Evangelista

9. O Pastor

10. O Mestre

11. Diversidade de Dons Ministeriais

12. O Ofício de Socorros

13. O Ministério de Línguas e Interpretação

14. O Ministério de Exortação

15. O Ministério de Contribuição











LIÇÃO I

A PROVISÃO DE CRISTO PARA SUA IGREJA

A. Ele concedeu. O Senhor Jesus deu esses dons do ministério à igreja.

EFÉSIOS 4.11
11E ELE CONCEDEU uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.

B. Quando Ele concedeu dons aos homens? Quando subiu às alturas, levando com Ele os santos do Antigo Testamento que esperavam a consumação do grande plano redentivo de Deus. Eles esperavam no Seio de Abraão, o local para onde iam os santos do Antigo Testamento após a sua morte física.

EFÉSIOS 4.8,10
8 Por isso diz: QUANDO ELE SUBIU ÀS ALTURAS, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.
9 Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra?
10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.

C. De onde Ele concedeu os dons do ministério? Esses dons do ministério procediam (e procedem) das mãos de Jesus, o qual está à destra de Deus no céu.
D. Para qual propósito (objetivo) Ele deu à igreja esses dons do ministério?

EFÉSIOS 4.12
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.

1. Para o aperfeiçoamento dos santos.
A palavra grega (KATARTISMOS) traduzida por "aperfei­çoamento", de acordo com o Dicionário de Palavras do Novo Testamento, de W. E. Vine, denota um ajuste ou preparação plena, implicando um processo que é conduzido até à consumação.
Se um dos propósitos dos dons do ministério serem dados é o de aperfeiçoar os santos, atingiremos a maturidade sem os dons do ministério? Não.
2. Para o trabalho do ministério (desempenho do seu serviço).
3. Para a edificação do corpo de Cristo.

E. Por quanto tempo Ele concedeu os dons do ministério?

EFÉSIOS 4.13
13 ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, À PERFEITA VARONILIDADE, À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO.

Os dons de ministério são a provisão de Cristo para a Igreja para construir, edificar e amadurecer os santos.
Um ensino errado que aflorou há alguns anos atrás enfatizou o chamado "ministério do Corpo" (E há uma certa verdade nisso. Deus usa a todos). Mas alguns pensam: "Não precisamos mais de pastores e ministros. Deus não está mais usando ministros. Ele tem um programa diferente agora."
A Escritura diz que Ele deu dons aos homens, "até que todos cheguemos à perfeita varonilidade, à medida da estatura da pleni­tude de Cristo".
Até que Jesus venha, "todos nós" como um corpo de crentes nunca chegaremos àquele local de maturidade. Quando Jesus vier, alguns bebês espirituais terão acabado de nascer na família de Deus. Eles não terão tido tempo para amadurecer.
Esses dons do ministério fazem parte do propósito de Deus para o amadurecimento dos santos até que Jesus volte para sua igreja.

F. Qual é o alvo final desses ministérios?

EFÉSIOS 4.13,16
13 ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, A PERFEITA VARONILIDADE, À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO.
14 PARA QUE NÃO MAIS SEJAMOS COMO MENINOS agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo o vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.
15 Mas, seguindo a verdade em amor, CRESÇAMOS em tudo naquele que é o cabeça, Cristo.
16 De quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

1. Precisamos de todos os cinco dons ministeriais operando juntos para trazer o corpo de Cristo à plena estatura de Cristo.
2. Os nenês espirituais são facilmente abalados e levados por falsas doutrinas.
3. Jesus colocou os dons do ministério na igreja para nos auxiliar a crescer conforme à Sua imagem.
4. Não podemos atingir este lugar em Deus sem a operação (funcionamento) do ministério quíntuplo.
5. Algumas igrejas amadureceram só até certo nível porque reconhecem somente dois ou três dons do ministério: evan­gelista, pastor e, algumas vezes, o ministério de mestre.
Sumário: O objetivo em última análise de todo o ministério não é a autoglorificação ou a exaltação do homem de alguma maneira. Ele existe inteiramente para edifícar e amadurecer o Corpo de Cristo. São necessários todos estes ministérios operando juntos para edificar — construir — o Corpo de Cristo.






LIÇÃO II

O CHAMADO DIVINO

A. Deus estabeleceu alguns na igreja. Há um chamado divino.

1 CORÍNTIOS 12,27,28
27 Ora, vós sois corpo de Cristo e individualmente, membros desse corpo.
28 A UNS ESTABELECEU DEUS NA IGREJA, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiros lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

1. Efésios 4.11 diz "Jesus concedeu". Esta passagem diz "Deus estabeleceu".
2. Observe que esta passagem de 1 Coríntios chama o Corpo de Cristo de Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo. O Corpo de Cristo é a Igreja.

B. Deus estabeleceu os dons do ministério na igreja — não os homens.
1. Há uma grande diferença entre Deus estabelecer alguém na igreja — e alguém ser colocado pelos homens.
2. Um estudo da história da Igreja revela que, ao longo dos séculos, vários grupos têm se esforçado para retomar o que chamam de práticas do Novo Testamento.
Eles estabeleceram organizações que com freqüência repre­sentavam alguma coisa que o homem fabricou — alguma coisa da carne; alguma coisa carnal.
Eles chamavam e estabeleciam pessoas para certos ofícios sem que as mesmas tivessem o chamado divino.
Isto não é escriturístico.
É Deus quem estabelece.
É Deus quem chama.

C. Você não se torna um dom do ministério só porque você sente que é um chamado santo e gostaria de responder.
1. Você não pode fazer de si mesmo um dom do ministério.
2. É perigoso fazer algo só porque você quer fazê-lo.

D. Você não entra no ministério só porque alguém diz que combina com você.
Experiência pessoal: Como pastor, tenho observado pessoas jovens na igreja que estavam aptas a trabalhar para Deus. Algumas delas, eu creio, foram chamadas. Outras, tenho certe­za, não foram. Tenho visto outros membros na igreja arruinar algumas dessas pessoas jovens, ao chegarem a elas e dizerem: "Creio que vocês foram chamadas para pregar", e assim por diante. Elas tentaram pregar, e fracassaram. Freqüentemente, acabam por deixar a igreja por causa disso.
1. Não vá só porque alguém chamou você.
2. Não vá só porque sua mãe o chamou.
3. Não vá só porque seu pai o chamou.
4. Maridos, se vocês forem ministros do Evangelho e tiverem um chamado divino em suas vidas, não tentem chamar sua esposa para o ministério. Deixem que ela seja a ajudadora que é adequada (ou própria) para vocês, como Deus assim lhe designou. Incluam-na em tudo que for possível.
5. Esposas, se vocês forem chamadas, não tentem fazer de seus maridos os pregadores que eles não são. Porém não os excluam de suas vidas. Façam com que eles trabalhem em suas vidas, e até em seus ministérios, em tudo que for possível.
6. Há um chamado divino para o ministério. Você deve deter­minar se ele está ou não em sua vida. Não tente ingressar no ministério sem o chamamento de Deus para assim o fazer.

E. Como você pode distinguir/reconhecer um chamado de Deus?
1. Você terá a convicção no seu próprio espírito.
Você terá o testemunho no seu próprio coração.
Você terá o equipamento espiritual — dons do Espírito — que acompanha o ofício, ou os ofícios para os quais você foi chamado.
Experiência pessoal: Eu sabia que era chamado bem dentro em mim. Como? Por uma intuição interior. Sempre estava comigo. Fazia parte do meu interior tanto quanto minhas orelhas fazem parte do meu exterior.
2. Deus relaciona-se com o espírito humano.
3. Aprenda a ouvir o seu espírito.
a. Aprenda a ouvir dentro de você e saberá muitas coisas que não saberia por qualquer outro modo.
b. Se você é um cristão mundano — "com um pé dentro e outro fora da igreja" — a sua carnalidade o dominará e você não terá consciência do seu espírito.
c. Se você é total e completamente dedicado e consagrado a Deus no fazer algo que Ele quer que você faça, você se tornará consciente de algo dentro de você.
d. Haverá algo dentro de você que o impelirá.

F. Os meios pelos quais os homens são chamados não são impor­tantes, mas a obediência ao chamado de Deus é importante.
1. Se os meios fossem importantes, a Bíblia lhes daria ênfase, o que não ocorre.
2. A Bíblia tem muito a dizer e a ensinar sobre a obediência.
3. Algumas vezes Deus move-se de maneiras extraordinárias, mas não é a regra.
a. Visões: Algumas vezes ao pessoas terão visões. Paulo teve. Eu tive visões. Mas estive no ministério durante 15 anos anteriores sem que isto acontecesse. Entrei no mi­nistério sem nenhuma espécie de visitação "sobrenatural" (se você quiser chamá-la assim — na realidade, tudo o que vem de Deus é sobrenatural). Entrei pela intuição interior, pelo testemunho interior.
b. Profecia: Os dons do ministério não são estabelecidos na igreja por meio de profecia. Ela traz uma confirmação dos mesmos.

ATOS 13.1,2
1 Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.
2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que OS TENHO CHAMADO.

Barnabé e Saulo não foram chamados por profecia. Não foram estabelecidos como dons do ministério por profe­cia ou pelos homens. Deus só confirmou seu chamado por meio da profecia.
Experiência pessoal: Na última igreja que pastoreei, certa noite, todos estávamos ao redor do altar em oração uníssona. Eu estava impondo as mãos nas pessoas conforme o Espírito de Deus me dirigia.
Subitamente, fui atraído como um ímã até uma jovem que era muito tímida. Quando impus as mãos sobre ela para orar, fiquei surpreso ao ouvir-me dizendo: "Esta é a confirmação do que Eu disse a você às 3 horas desta tarde enquanto você orava no porão. Eu disse a você que confirmaria o que disse."
Eu não sabia o que aquelas palavras significavam e eu não perguntei a ela sobre isso porque ela começou a chorar e a orar ainda mais.
Então telefonei para ela mais tarde e perguntei: "Aquelas palavras significaram algo para você? Você estava no porão orando às 3 horas?"
"Sim", ela disse, "o Senhor disse-me que Ele me cha­mou para o ministério e que Ele confirmaria isso na reunião da noite."
Observe que ela não foi estabelecida na Igreja como um dom de ministério pela profecia. Foi sim confirmada dessa maneira — mas ela não foi estabelecida no ministério dessa forma.
1. Se uma dada profecia não confirma o que você tem em seu próprio espírito, esqueça-a.
Experiência pessoal: Há muitos anos atrás um irmão disse-me que no ano anterior um "profeta" tinha im­posto as mãos nele para conceder-lhe cinco dons espi­rituais, incluindo dons de curar e a palavra do conhe­cimento.
Ele disse: "Estive observando e constatei que a palavra do conhecimento e os dons de curar operam em você. Sei que tenho esses dons porque ele disse que os tenho. Talvez você possa dizer-me como operá-los."
Eu disse: "Nestes meses eles se manifestaram alguma vez em sua vida?"
"Não", ele respondeu.
Eu disse: "Se fosse você esqueceria isso. Em primeiro lugar ele não deu a você nada. Só Deus pode dar dons espirituais. Em segundo lugar, se eles lhe fossem da­dos, o Espírito tentaria colocá-los em operação através de você. Você não tem nenhuma espécie de intuição a respeito deles. Se fosse você, permaneceria firme em sua igreja e seria fiel."
Quando fui pregar novamente lá, percebi que ele con­tinuava como leigo no local, fiel a Deus, e era uma bênção para a igreja. Se tivesse tentado entrar em outro ofício, ter-se-ia tornado uma maldição.

G. Perceber uma necessidade não é um chamado para o ministério.
1. Se não formos cuidadosos, cairemos no erro da igreja em geral de chamar/estabelecer ministérios em função da neces­sidade. Isto não é escriturístico. Há um chamado de Deus, dado por Deus apenas.
2. Naturalmente, como cristãos, em qualquer momento que observarmos uma necessidade, lidaremos com a mesma e nos esforçaremos com a capacidade que temos para ministrar sobre aquela necessidade. Isto é correto de acordo com as Escrituras. Mas isso não deve ser confundido com o chama­do de Deus para o ministério.

H. Uma unção evidencia o chamado de Deus.
Experiência pessoal: Há muitos anos atrás, ouvi um homem pregar numa grande convenção de 5 mil pessoas ou mais. "Ver uma necessidade é um chamado", ele disse. Embora ele estives­se no ministério, ele disse: "Se fui chamado para o ministério realmente não sei".
Eu pensei comigo mesmo: "Se ele não tivesse dito nada, todos nós saberíamos isto em 15 minutos do mesmo modo." Não havia unção sobre ele.
Quando uma pessoa é chamada para o ministério há uma unção que lhe sobrevém para ocupar o ofício. Caso contrário a pessoa somente teria que ficar de pé e falar. É bom falar e compartilhar o que se tem, mas isto é muito diferente de ser chamado para o ministério e ser estabelecido na Igreja.

I. Se Deus não o chamou para o ministério de tempo integral, não tente fazê-lo; você se sentiria como um peixe fora d'água.

J. Saber que você é divinamente chamado encerra definitivamente a questão. Não haverá nenhuma confusão quanto ao assunto.
Experiência pessoal: Conforme já disse, entrei no ministério sem nenhuma espécie de visitação espetacular. Só o fiz por intuição interior, por causa do testemunho interior. E eu nunca me confundi a respeito deste assunto.
Durante anos, especialmente nos 12 anos que pastoreei, vi muitos ministros andando nos altos e baixos das emoções e perguntando-se se eram realmente chamados por Deus ou não.
E posso dizer-lhe porque andavam assim: porque viviam na dimensão mental e das emoções, ao invés de andarem na dimensão do Espírito.
Se a Escola Dominical ia mal, também iam mal. Se as finanças iam mal, também iam mal.
Você os ouvia dizer: "Não sei se Deus me chamou para pregar ou não... Se eu pudesse fazer a Escola Dominical voltar ao que era... Se pudesse fazer as finanças se ajustarem... Penso que deixarei o ministério."
Alguns deles me diziam: "Irmão Hagin, você nunca re­cuou?"
Eu dizia: "Não. Permaneço firme todo o tempo." Se tivésse­mos só a metade dos membros, isso não me afetaria.
"Eu sei que Deus me chamou. E sei que Ele me chamou para vir para cá, de modo que ficarei aqui até que Ele diga para sair. Permanecerei aqui, darei tudo de mim e serei fiel, independen­temente do que possa ocorrer aqui."
"Sobre este assunto, nunca pensei: 'Posso estar fora da vontade de Deus', porque sabia que Deus disse 'Vá'. Ele é um ser inteligente. Eu sou um ser inteligente. Ele irá comunicar-se comigo e dizer-me quando sair."
Sabe, você pode ficar preocupado e se aborrecer, e abrir a porta para o diabo passar o dia com você.
Esse era meu modo de pensar mesmo antes de saber que Wigglesworth o dissera. E qualquer pessoa de fé diria a mesma coisa.
Não sou movido pelo que vejo.
Não sou movido pelo que sinto.
Sou movido só pelo que creio.
Aprenda que as coisas espirituais são mais reais que as naturais.
Aprenda a olhar para seu espírito.
Seu espírito lhe dirá.
Seu espírito sabe coisas que sua mente não sabe.



LIÇÃO III

A QUEM DEUS CHAMA, ELE EQUIPA

A. Os dons do ministério são pessoas — pessoas que foram chamadas por Deus para o ministério de tempo integral.
1. Filipe é chamado de evangelista.
2. Pedro é chamado de apóstolo.
3. Paulo é inicialmente chamado de profeta e mestre, e, mais tarde, de apóstolo.
4. Outras pessoas no Novo Testamento também são chamadas de dons do ministério.

B. Essas pessoas (dons do ministério) a quem Deus chama, Ele também equipa com dons espirituais.
1. Esses ministérios não são baseados em dons naturais, mas sim em dons espirituais, dons sobrenaturais.
a. Não perceber isso leva o ministério e a igreja a saírem do sobrenatural para o natural.
2. Quando uma pessoa é nascida de novo, Deus tem em mente o que Ele a chamou para fazer. Com o novo nascimento, o indivíduo é equipado com certos talentos espirituais para permanecer onde for estabelecido no Corpo de Cristo.
3. O batismo com o Espírito realça estes talentos espirituais.
Experiência pessoal: preguei dois ou três anos sem o batismo do Espírito Santo, no entanto, naquela época, a mesma unção me sobreveio para pregar como vem agora.
4. Deus equipa as pessoas com os dons espirituais necessários, para que as mesmas possam permanecer no ofício em que ele as chamou.
a. O leigo pode ter dons espirituais operando a partir dele. Mas um ministro será equipado para ministrar regular­mente com aqueles dons necessários para permanecer no ofício a que foi chamado.
b. Os mesmos dons espirituais operando a nível ministerial trazem uma unção maior do que se operassem ocasional­mente na vida de um leigo.
Exemplo: Línguas e interpretação ou profecia operando a partir de um dom do ministério trazem uma maior unção do que quando alguém leigo opera nos mesmos dons.
5. A educação é boa — mas necessitamos mais do que educa­ção. A ambição, se for legitimada (quando se busca pelo que Cristo concebeu) é boa — porém precisamos mais do que ambição. Necessitamos de um ministério equipado com dons sobrenaturais.

C. Os dons do ministério consistem não em nome, mas em poder.
1. É fácil chamar a si mesmo de algo, mas isso não fará de você esse algo.
Você pode sentar-se numa garagem e autodenominar-se um carro, mas isto não faz de você um carro.
2. Você pode chamar a si mesmo de um pastor mas isso não fará de você um.
Você pode chamar a si mesmo de um apóstolo, mas isso não fará de você um.
A prova do pudim está no comer. Em outras palavras, o ministério para o qual você é chamado será evidente em sua vida. Você terá a capacitação ou o revestimento divino para ocupar o ofício ao qual foi chamado.

D. Toda operação do ministério vem debaixo do senhorio de Jesus Cristo.
1. Jesus Cristo é a Cabeça do Seu corpo, a Igreja. A Cabeça e o corpo são um só; portanto, Jesus dirige todas as operações de Seu corpo, assentado à direita de Deus Pai.

MARCOS 16.20
20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, COOPERANDO COM ELES O SENHOR, E CONFIRMANDO A PALAVRA com os sinais que se seguiram.

a. Observe que Jesus cooperava com seus discípulos.
b. E cooperava como Senhor deles, e não apenas como ajudador. Embora Ele seja o nosso ajudador, por meio do Espírito Santo, Ele também é o nosso Senhor.
2. O Senhor Jesus Cristo é o Cabeça da Igreja.
a. Ele é Aquele que dá.
b. Ele é Aquele que chama.
c. Ele é Aquele que equipa.
d. Vamos deixá-Lo assim fazer.
































LIÇÃO IV

FIDELIDADE AO CHAMADO

Introdução: Algumas pessoas que estão no ministério, ou nunca foram chamadas, ou são tremendamente infiéis. Por quê? Por­que Deus nunca planejou nenhum fracasso espiritual. Quer sejamos somente membros individuais do corpo de Cristo, quer sejamos chamados para sermos um dom do ministério, Ele nunca estabeleceu alguns para fracassarem e outros para serem bem-sucedidos. Ele planejou o sucesso para todos. Portanto, ou alguns ministros nunca foram de fato chamados por Deus, ou são tremendamente infiéis. Temos que aplicar o chamado de Deus a nossas próprias vidas. Um ministério é como um casa­mento: precisa ser trabalhado.

A. Estudo. Tempo de preparação nunca é tempo perdido.

2 TIMÓTEO 2.15 (KJV)
15 Estude (a Palavra) para apresentar a si mesmo aprovado por Deus, como obreiro que não tem com o que se envergonhar, que divide (maneja) corretamente a palavra da verdade.

B. Dedicação. Junto com o chamado tem que existir dedicação.

C. Consagração. Junto com o chamado tem que existir consagração.

D. Submissão à vontade de Deus. Junto com o chamado tem que existir submissão à vontade de Deus.
Comentários: Quando começamos no ministério, não começa­mos no topo. Assim como a subida de uma escada, começamos pelos primeiros degraus. E, às vezes, os primeiros anos do ministério envolvem grandes sacrifícios. Mas se você sabe que o chamado está presente, ficará firme, não importa o preço que tenha que pagar.
Temos que fazer a seguinte consagração a Deus: Para cima ou para baixo, nadando ou afundando, vivendo ou morrendo, ficarei firme, porque Deus me chamou.
Já que você está agindo pela fé, sabe que não irá terminar desse jeito — mas irá parecer assim às vezes. Vai parecer como se você fosse passar por isso tudo — fracassar, afundar e morrer.
Se formos fiéis nos momentos em que as coisas parecem ir para baixo, afundar e estar morrendo, ENTÃO NÓS IREMOS EM FRENTE, PORQUE DEUS NOS CHAMOU.
Exemplo: Há muitos anos, um homem e sua esposa e seus dois filhos pequenos foram para o campo missionário no exterior. Eram missionário do Evangelho Pleno, antes de haver qualquer igreja do Evangelho Pleno lá. Ele me disse que nos primeiros seis meses parecia como se fossem morrer. "Seria muito fácil voltar para casa", ele disse. "Mas ficamos lá porque sabíamos que Deus nos tinha chamado. E sabíamos o que a Palavra de Deus dizia. Fiz a seguinte consagração a Deus: 'Ficaremos aqui, mesmo se tivermos que morrer'."
Eles não morreram. E, antes do término daquele ano, come­çaram a prosperar financeiramente.
Mas, se não tivessem sido fiéis, nada teria acontecido. Se tivessem murmurado e dito: "Não sei por que isso me aconteceu. Se Deus me chamou, por que Ele não opera?" — então Deus não teria condições de trazer à existência o que Ele tinha para eles, e assim teriam fracassado.

E. Seja uma pessoa íntegra.
1. O Salmo 15.4 dá uma das características de um peregrino espiritual como, ... o que jura com dano próprio, e não se retrata.
2. Pessoas que têm o chamado de Deus em suas vidas, e são pessoas de integridade, honestas e sinceras, permanecerão fora de suspeita e inabaláveis.

F. Desenvolva-se. Amadureça. Cresça.
1. Os ministérios são desenvolvidos. Leva tempo para desen­volver um dom ministerial.
2. Leva tempo para as pessoas tornarem-se equipadas para fazer o que Deus quer que façam. Elas devem não somente ser equipadas, como também devem amadurecer natural e espiritualmente.
3. Normalmente as pessoas começam numa área do ministério diferente daquela que Deus as chamou.
a. No capítulo 13 de Atos, Saulo (Paulo) é citado como um dos cinco profetas e/ou mestres da igreja em Antioquia. Mais tarde, no Novo Testamento, ele é chamado de apóstolo. Mas ele não começou no ministério apostólico. Ele começou como um profeta e como um mestre.
b. Filipe começou no ministério de socorros (Atos 6.1-6 ). Ele foi fiel naquele ofício. Mais tarde foi levado para o ofício de evangelista (Atos 8.5-7; 21.8 ).
c. Se Deus o chamou para ser um pastor, você não começará pastoreando uma igreja de 2000 pessoas. Você não sabe­ria como realizar esta tarefa. Você começará com um pequeno rebanho, ou como um auxiliar, ou como um pastor assistente, ou como um pastor de jovens, etc.
d. Deus pode tê-lo chamado para ser um evangelista. Mas você não começará pregando para 5000 pessoas. Poderá começar pregando para 5 pessoas.
e. Não despreze os pequenos começos (Zc 4.10).
4. Gaste tempo para esperar e descobrir o que Deus quer que você faça. Permita que Deus faça de você o ministro que Ele quer que você seja.
a. Não diga: "Eu escolhi este ofício." A escolha não é sua. É Deus quem estabelece as pessoas nos ofícios dos dons ministeriais.
b. Não tente ser como outra pessoa. Seja você apenas. Tome a verdade da Palavra de Deus que é revelada para você e deixe que Deus utilize sua personalidade para injetá-la. Então ela se torna a sua mensagem.
c. Não diga: "Sou um mestre." Pare e descubra o que você é ou não.
d. Só porque você teve uma revelação ou profetizou, não diga: "Sou um profeta."
Muito provavelmente você não o é.
Mesmo que seu chamado fosse ser um profeta, você não entraria ali imediatamente, pois não seria capaz.
Deus não viola suas próprias regras. Sua Palavra diz para não colocar um novo convertido no ofício de diácono (1 Tm 3.6 ). Deus não colocará um cristão imaturo ou um pregador imaturo no ofício de profeta.
e. Cresça e desenvolva-se espiritualmente antes de tentar certificar-se e apregoar em qual ofício você está.
f. Se Deus lhe chamou e lhe estabeleceu em um ofício, você não terá que apregoá-lo de qualquer maneira. As pessoas acabarão por descobrir. Se não descobrirem, não é o seu ministério.
g. Se o seu ministério está num estágio embrionário, será desenvolvido se você for fiel.
h. Identifique se o chamado de Deus está presente. Então seja fiel na obra de Deus, no local em que você estiver (pregar e ensinar é sempre correto). Quando você tiver atingido certo nível de maturidade, tanto mental quanto espiritual, Deus o fará saber qual é o seu chamado.
5. Gaste tempo para esperar em Deus. Gaste tempo para orar e jejuar. Gaste tempo para buscar a perfeita vontade de Deus para sua vida e ministério.
a. Nunca me esquecerei do dia em que, ajoelhado no altar da minha igreja, disse ao Senhor: "Senhor, tenho esperado por Ti por 10 anos."
Tão claro como se algum homem estivesse falando comi­go, Ele disse: "Não, você não tem. Sou Eu que lhe tenho esperado por 10 anos. Tenho esperado você conformar sua mente para me obedecer. Tenho esperado que você conforme sua mente para fazer o que quero que faça."
b. Quando tive a primeira visão de Jesus, Ele me disse: "Quando você deixou sua última igreja, entrou na primei­ra fase do seu ministério."
Fiquei chocado. Estava no ministério por 15 anos. Disse: "Senhor, estou há 15 anos no ministério, e o Senhor tem me abençoado."
Ele disse: "De fato, tenho-o abençoado o tanto quanto posso. Tenho abençoado a Palavra que você tem pregado porque Eu honro a Minha Palavra. Isto não quer dizer que estava honrando a você."
Então Ele me disse: "Muitos ministros vivem e morrem e nem mesmo entram na primeira fase do ministério que tenho para eles. Esta é a razão por que muitos morrem prematuramente."
(Se você não está na perfeita vontade de Deus, você está num lugar onde o diabo pode atacá-lo. Se você está num lugar que não é a perfeita vontade de Deus, é difícil reivindicar o que lhe pertence de melhor.)
"Muitos ministros vivem e morrem e nunca entram na primeira fase do ministério que tenho para eles." Pensei a respeito disso durante anos. Poderia ter feito a mesma coisa.
"Ah, sim," alguém disse, "o Senhor o escolheu, contudo."
Não, Ele nunca fez nada até que eu começasse a buscá-Lo. Ele nunca se moveu. Ele nunca me disse nada.
c. Esteja com as linhas de comunicação abertas com Deus.
Se você entrar em outro chamado, em outra área do ministério, e não estiver com as linhas de comunicação abertas entre você e o Céu, Deus deixará você ir e você sofrerá as conseqüências de estar fora da perfeita vontade de Deus.
d. Quando você está na vontade permissiva de Deus, algo irá parecer não estar bem com você. Você o perceberá. É como se lavar as meias com os pés dentro.

G. Não se intrometa no ofício errado.
1. Penso que uma das coisas que mais bloqueiam as pessoas no ministério é quando tentam ocupar o ofício errado. E o mais trágico é que as pessoas vivem e morrem sem nem mesmo saber que estavam no ofício errado.
2. Isto pode custar o seu ministério.
a. Charles Finney foi o maior ganhador de almas e evange­lista desde os dias do Novo Testamento. Quando tinha por volta de 80 anos, escreveu: "Sei de muitas coisas, mais profundas em Deus, que seria capaz de ensinar. Mas se ensinasse essas coisas,perderia a capacidade de ganhar almas."
Por que não podia ensinar essas coisas, mesmo tendo o conhecimento delas? (É evidente que poderia comparti­lhar estas coisas com alguns indivíduos em particular, mas não devia ensiná-las na igreja como um todo.) Pois este não era o seu chamado. Deixemos os mestres fazê-lo. Seu chamado era para ganhar almas. Se entrasse no ofício errado, deixaria de ser uma bênção.
b. Parte do meu chamado é para ser um mestre. No meu ministério, mais pessoas são salvas quando ensino do que quando prego um sermão evangelístico. Pois isso é o que Deus me chamou para fazer.
3. Ingressar no ofício errado pode custar a sua vida.
a. Os ofícios de Deus são santos. No Antigo Testamento, se outra pessoa que não fosse o Sumo Sacerdote entrasse no Santo dos Santos, cairia morto instantaneamente. Pois teria entrado em ofício alheio.
b. É perigoso brincar com coisas santas.
c. O chamado de Deus é santo.
d. O ministério de Deus é santo.

H. Desenvolva o seu caráter.
1. Mais é requerido daqueles que são separados para um ofício.
2. Seja sempre alguém exemplar.
3. Seja honesto aos olhos dos homens.
4. Ocupe o seu lugar com dignidade.
Se você é chamado por Deus para ocupar um ofício, aquele ofício requer respeito. Se você tem respeito pelo ofício que ocupa, então também ensinará as pessoas a respeitarem aquele ofício.






















LIÇÃO V

DIVERSIDADE E EQUILÍBRIO

A. Um dos aspectos mais fascinantes relativos aos dons do minis­tério é sua diversidade.
1. Apóstolos: O ofício de apóstolo parece englobar quase todo tipo de ministério.
2. Profetas: O ministério do profeta é inspiracional. Ele fala por inspiração e revelação direta de Deus.
3. Evangelistas: O evangelista tem um comissionamento direto do Senhor para PREGAR a Palavra para a salvação das almas.
4. Pastores: São aqueles que pastoreiam as ovelhas de Deus.
5. Mestres: Aqueles que ocupam o ofício de mestre, ensinam a Palavra, não por habilidade natural, mas pela capacitação (habilidade) divina do Espírito Santo.

B. Esses dons do ministério foram dados à igreja para que houves­se um equilíbrio na mesma.
1. Observe o quão esplendidamente os dons do ministério eram balanceados no grande centro missionário da igreja de Antioquia(At 13.1).
2. A questão do equilíbrio dos dons ministeriais no Corpo de Cristo é de vital importância para ser eficaz.
3. Só um ofício de dom ministerial não pode esperar ser capaz de ministrar eficientemente a todas as necessidades de todo o Corpo de Cristo.
4. No lado oposto, estão aqueles que pensam que um ministro não tem um ministério válido, a menos que ministre na maior parte pelas manifestações dos dons do Espírito, em vez de j ensinar ou pregar a Palavra.

C. Devemos estimar todos os dons do ministério que Jesus colocou na igreja, e perceber que cada um deles é essencial para o amadurecimento completo da igreja.
1. Não é raro ouvirmos os mestres depreciarem os evangelistas, chamando-os de superficiais e sensacionalistas.
2. Os evangelistas, às vezes, estigmatizam os mestres, chaman­do-os de secos e prolixos.
3. Os evangelistas e os mestres freqüentemente unem-se para chamarem os profetas de fanáticos e extremistas.
4. Todas essas atitudes são erradas.
5. Pode haver extremos em toda a utilização dos dons ministe­riais. Ainda assim não devemos reprimir o dom de Deus, pois podemos sufocar o Espírito de Deus.

D. O plano de Deus é que cada ministério que Ele colocou na igreja corrija e complemente os outros, fazendo com que haja o equilíbrio necessário.
1. O profeta é para inspirar o mestre.
2. O mestre é para equilibrar o profeta.
3. O evangelista é para nos lembrar continuamente acerca do mundo perdido e morto espiritualmente e de sua necessidade do Evangelho.
4. O pastor é para nos mostrar que as vidas ainda precisam de muito cuidado depois de serem salvas.
5. O apóstolo é para inspirar e abrir espaços para novas con­quistas para Cristo e para a igreja.

E. O propósito dos dons do ministério é a unidade, e não a divisão.
Em Efésios 4.13 lemos: "até que todos cheguemos à unidade", e não, "até que todos sejamos divididos em facções estilhaça­das".

F. Uma pessoa pode operar em mais de um ofício; nós os separa­mos para melhor defini-los.







































LIÇÃO VI

O APÓSTOLO

1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns Deus estabeleceu na igreja, primeiramente APÓSTOLOS, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas.

EFÉSIOS 4.11
11E ele mesmo concedeu uns para APÓSTOLOS...

A. O dom do ministério que encabeça a lista dos mesmos é o de apóstolo. Entretanto, isto não significa que seja o dom do ministério mais importante no corpo local hoje, nem significa que os apóstolos devem predominar sobre outros dons ministe­riais no Corpo de Cristo. Em outras palavras, Paulo não estava estabelecendo uma hierarquia para o governo da igreja local pela maneira com que relacionou os dons ministeriais aqui.
1. Na realidade, Paulo estava provavelmente relacionando es­tes ofícios na ordem que escolheu por causa da maneira que Deus "estabeleceu" ou desenvolveu dons ministeriais na Igreja Primitiva.
2. Entenda, no estabelecimento da Igreja Universal que seguiu à ressurreição de Jesus, os apóstolos e profetas eram obvia­mente os ofícios de ministério mais importantes, porque foram os primeiros dons ministeriais a serem desenvolvidos ou "estabelecidos" no Corpo de Cristo.
a. Além disso, eles eram apóstolos e profetas fundacionais — eles lançaram a fundação para o Novo Testamento.
b. Em outras palavras, eles eram inicialmente os ofícios! mais importantes quando a Igreja Primitiva estava somen­te começando, porque propagaram a revelação do Novo Testamento, que é o fundamento sobre o qual a Igreja em todas as gerações deve se estabelecer.
3. Entretanto, em termos da operação da igreja local hoje 1 Coríntios 12.28 não é uma lista dos ofícios dos apóstolos e profetas em sua ordem de importância. Nem é uma lista indicando que os apóstolos e profetas são os ofícios que governam dentro da igreja local.
a. Apóstolos e Profetas não compõem o ofício de "gover­nos" encontrado em 1 Coríntios 12.28. Em primeiro lugar, Paulo relacionou "governos" como um ofício to­talmente separado. Ele provavelmente se refere ao ofício pastoral.
b. Em segundo lugar, alguns ofícios são relacionados em uma certa ordem na lista de ministérios em Efésios 4.11, e em outra ordem na lista de ministérios de 1 Coríntios 12.28.
c. Portanto, esta lista de 1 Coríntios 12.28 não indica que os ofícios de apóstolo e de profeta são os mais importantes ou os ofícios que governam na igreja local de hoje.

B. O argumento mais significativo que explica o fato da Bíblia estimar este ofício é que ele foi ocupado pelo próprio Cristo.

HEBREUS 3.1
1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus...

C. A palavra grega "APÓSTOLOS" traduzida por apóstolo quer dizer "alguém enviado".

D. Jesus Cristo é o maior exemplo de alguém que foi enviado.

JOÃO 20.21
21 Disse-lhes, pois Jesus outra vez: Paz seja convosco! ASSIM COMO O PAI ME ENVIOU, eu também vos envio.

E. O verdadeiro apóstolo é uma pessoa com um comissionamento — não simplesmente alguém que vai, mas alguém que é envia­do pelo Espírito Santo.
1. O capítulo 13 de Atos nos mostra o comissionamento apos­tólico de Paulo e Barnabé para serem apóstolos dos gentios.

F. As credenciais de um apóstolo.

2 CORÍNTIOS 12.12
12 Pois as credenciais do meu apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por meio de sinais, prodígios e poderes miraculosos.

Quais são essas credenciais?
Sinais, prodígios e poderes miraculosos.

G. O fruto de um apóstolo. A Bíblia também fala sobre as obras ou frutos do ministério apostólico:

1 CORÍNTIOS 9.1
1 Não sou eu, porventura livre? não sou apóstolo? não vi a Jesus, nosso Senhor? acaso não sois fruto do meu trabalho no Senhor?

1. Ao defender seu apostolado, Paulo poderia corretamente dizer, "... acaso não sois fruto do meu trabalho no Senhor?" O fruto do ministério apostólico de Paulo eram pessoas que estavam solidamente embasadas na Palavra.

1CORÍNTIOS 9.2
2 Se não sou apóstolo para outrem, certamente o sou para vós outros, porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor.

2. Paulo também podia apontar para igrejas solidamente esta­belecidas e dizer que elas eram o selo ou o fruto de seu ministério apostólico. Em sua epístola, Paulo endereça mui­tas de suas cartas para aquelas igrejas que havia estabelecido. E em 1 Coríntios 4.15, vemos a verdadeira natureza do chamado apostólico.

1 CORÍNTIOS 4.15
15 Porque ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo Jesus.

3. Paulo era realmente um pai espiritual para aqueles a quem havia estabelecido na fé. Embora Paulo fundasse e estabelecesse diversas igrejas, ele não governava estas pessoas mais do que um pai ditatorialmente governa seus filhos a quem ama.
a. O ofício apostólico de Paulo não lhe dava autoridade para dizer ao povo e às igrejas o que fazer em todas as questões da vida. Ainda assim, alguns dos chamados "apóstolos" de hoje tentam dirigir todos os aspectos da igreja local, incluindo as vidas pessoais do povo.
b. Observe as afirmações que Paulo escreveu para cada igreja nas epístolas. Ele não as comandava. Ele não era um ditador que ficava acima delas. Ele se dirigia a elas de maneira paternal, demonstrando cuidado e preocupa­ção legítimos: E eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansi­dão e benignidade de Cristo... (2 Cr 10.1).

1 TESSALONICENSES 2.6-12
6 Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros.
7 Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos dóceis entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos;
8 Assim, querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos, não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a nossa própria vida, por isso que vos tornastes muito amados de nós.
9 Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus.
10 Vós e Deus sois testemunhas do modo porque piedosa justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros que credes.
11 E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós,
12 Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.

c. Paulo demonstrou sua atitude nestas passagens das Escri­turas. Não é uma atitude de tentar dominar as pessoas e governá-las. Em que Paulo exortou, consolou e admoes­tou os crentes?
d. Paulo exigiu seu direito de dominá-los? Certamente que não! Ele comandou todas as igrejas sob a sua "autorida­de'^ dar o dízimo para ele como alguns que hoje são chamados de "apóstolos" estão fazendo? Mil vezes, não! Ele exortou e admoestou crentes a viver por modo digno de Deus.
e. O cuidado e a preocupação apostólica de Paulo pelas igrejas tornam-se mais claros ainda na Bíblia Amplificada.

I TESSALONICENSES 2.7,11 (Amplificada)
7 Porém nos tornamos dóceis entre vós, como a mãe devotada que nutre e acalenta seus próprios filhos...
11 ... como um pai [ao lidar com seus filhos], costumávamos exortar a cada um de vós pessoalmente, estimulando, encorajando e admoestando a todos.

f. Há uma vasta diferença entre a atitude de Paulo demons­trada em suas cartas para as igrejas, e a atitude de alguns assim chamados de "apóstolos" de hoje que estão dominando as pessoas e tentando governá-las com austeridade, orgulho e superioridade.
g. Alguns desses assim chamados "apóstolos" de hoje, co­mandam o povo ao dizer: "Vocês têm de prestar atenção a mim e fazer o que eu digo porque sou um apóstolo." Isto não é bíblico. Uma afirmação como essa não pode ser comprovada pela Bíblia.

H. Características de um apóstolo. Um apóstolo é acima de tudo um pregador ou um mestre, ou um pregador e um mestre da Palavra.

1 TIMÓTEO 2.7
7 Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade.

2 TIMÓTEO 1.11
11 Para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre.

1. Observe que Paulo não disse: "Fui primeiro designado como apóstolo." Não, Paulo disse que ele foi primeiro designado como pregador porque era acima de tudo um pregador e um mestre da Palavra de Deus.

I. Para permanecer neste ofício, a pessoa deve ter tido uma experiência pessoal com o Senhor — algo muito profundo e real, algo além do ordinário. Não somente herdar algo de segunda mão ou por tradição.
1. Paulo. Observe algo que Paulo disse para defender o seu apostolado: Não sou eu porventura livre ? Não sou apóstolo ? NÃO VIA JESUS, NOSSO SENHOR?... (1 Co 9.1). Paulo não viu a Jesus em carne como os doze viram. Mas ele viu a Jesus numa visão espiritual (At 9.3-6). Ele teve uma profunda experiência pessoal com o Senhor. Até mesmo a sua conversão estava além do comum.
Paulo teve tamanha experiência pessoal com o Senhor, que ele podia dizer a respeito do que sabia da Ceia do Senhor: Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei... (1 Co 11.23). Ele não aprendeu sobre este assunto com os outros apóstolos. Ele aprendeu por revelação. Jesus conce­deu-lhe a revelação.
2. O Evangelho que Paulo pregava não lhe foi ensinado por nenhum homem. Foi o Espírito de Deus que lhe ensinou. Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1.11,12). Alguém nos ensinou a respeito do Evangelho, mas ninguém ensinou a Paulo. Observe o restante desta passagem de Gaiatas a respeito da revelação de Paulo — a prova da profunda experiência de Paulo com o Senhor.

GÁLATAS 1.13-17
13 Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava.
14 E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso da tradição de meus pais.
15 Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve
16 Revelar seu Filho r?ci mim, para que eu o pregasse entre os gentios, SEM DETENÇA NÃO CONSULTEI NEM CARNE NEM SANGUE,
17 NEM SUBI A JERUSALÉM PARA OS QUE JÁ ERAM APÓSTOLOS ANTES DE MIM, MAS PARTI PARA AS REGIÕES DA ARÁBIA, E VOLTEI OUTRA VEZ PARA DAMASCO.

Por quanto tempo Paulo ficou na Arábia? Ninguém sabe. Mas foi durante a época em que esteve na Arábia que Paulo recebeu a revelação do Evangelho, que escreve em cada Epístola.

GÁLATAS 1.18,19,21-24
18 DECORRIDOS TRÊS ANOS, ENTÃO SUBI A JERUSALÉM PARA AVISTAR-ME COM CEFAS, E PERMANECI COM ELE QUINZE DIAS;
19 E não vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, o irmão do Senhor.
21 Depois fui para as regiões da Síria e Cilícia.
22 E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo.
23 Ouviam somente dizer: Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que procurava destruir.
24 E glorificavam a Deus a meu respeito.

Três anos depois Paulo, ao retornar de Damasco, foi a Jerusalém e passou duas semanas com Pedro.

GÁLATAS 2.1,2
1 Catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também a Tito.
2 Subi em obediência a uma revelação; e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios, mas em particular aos que pareciam de maior influência, para de algum modo não correr, ou ter corrido, em vão.

Paulo esteve pregando por 17 anos sem que soubesse o que os apóstolos pregavam. Ele não os tinha ouvido. Ele esteve com Pedro somente por um breve período de 2 semanas. Depois disso ele pregou mais 14 anos antes que o Espírito de Deus lhe revelasse que deveria ir a Jerusalém e compar­tilhar aquelas coisas com os irmãos.
Paulo teve de fato uma profunda experiência espiritual com o Senhor Jesus Cristo!

J. Um ministério de apóstolo parece englobar todos os outros dons ministeriais. A conseqüência peculiar é a capacidade de estabelecer igrejas.
1. O apóstolo tem algumas operações de todos os cinco ofícios, que incluiriam o equipamento pastoral de governos. (Weymouth traduz a palavra "governos" como "poderes de orga­nização").
2. Após as igrejas serem estabelecidas, os apóstolos podem exercer supervisão sobre as igrejas que estabeleceram (1 Co 9.1,2) até que nelas seja estabelecida autoridade espiritual sobre si mesmas.
Comentários: Há aqueles que autodenominam-se apóstolos, que querem dominar e governar as pessoas. Eles dizem: "sou um apóstolo. Tenho autoridade. Você terá de fazer o que eu digo". Nos dias do Novo Testamento, os apóstolos só exer­ciam supervisão sobre as igrejas que eles mesmos estabele­ciam. Paulo nunca exerceu qualquer autoridade sobre a igreja de Jerusalém, ou sobre qualquer uma das igrejas que os outros apóstolos tinham estabelecido.
Lembre-se que estes ofícios existem em poder e não somente em palavras. Se o poder não existe para estabelecer igrejas, então eles não são apóstolos na plena abrangência do ofício.
3. Um missionário que é realmente chamado por Deus e envia­do pelo Espírito Santo é um apóstolo.
a. Atos 13.2,4 O Espírito Santo disse: Separai-me Saulo e Barnabé para a obra que os tenho chamado. Então o versículo 4 diz: ENVIADOS, pois, pelo Espírito Santo, desceram...
Eles foram "enviados". Partiram em sua primeira viagem missionária aos gentios.
b. O Novo Testamento nunca menciona missionários, em­bora seja um importante ofício. Ele está aqui no ofício de apóstolo.
c. O missionário terá a habilidade (capacidade) de todos os dons do ministério.
1) Ele fará o trabalho de evangelista Ele fará com que vidas sejam salvas.
2) Ele fará o trabalho de mestre.
Ele ensinará e firmará as pessoas.
3) Ele fará o trabalho de pastor.
Ele pastoreará seu rebanho e guiará o povo durante algum tempo.
a) Se estudarmos de perto a vida do apóstolo Paulo, observaremos que ele disse que nunca edificava sobre fundamento alheio. Ele se esforçava para pregar o Evangelho onde Cristo ainda não tinha sido anunciado (Rm 15.20)
Ele sempre permanecia num lugar por um período que podia variar de 6 meses a 3 anos.
b) Seu chamado não era o de pastor, mas ele perma­necia neste ofício por tempo suficiente até que o povo se firmasse na verdade, e então mudava-se.

K. Há apóstolos hoje?
1. Quatro classes de apóstolos.
O Senhor me disse, em uma visitação que se realizou em julho de 1987, que havia quatro classes de apóstolos e que cada uma delas possuía uma unção diferente. Depois de estudar a Palavra de Deus, pude constatar estas verdades por mim mesmo.
a. Jesus o Apóstolo Chefe: O próprio Jesus é o Apóstolo, Chefe e ocupa uma classe por Si Mesmo. Encontramos! em Hebreus 3.1 que Jesus foi chamado de Apóstolo e Sumo Sacerdote de nossa profissão. Ele foi o "Enviado" pelo Pai para proporcionar a expiação dos pecados do mundo. Nenhum outro apóstolo (ou enviado) terá algum dia esse chamado.
b. Apóstolo do Cordeiro: Estes eram os doze apóstolos que foram testemunhas oculares da vida, ministério, morte, sepultamento e ressurreição de Jesus (Atos 1.21,22). Esta é a finalidade deles — testemunhar o ministério terreno de Jesus e dar testemunho de seu ministério para o mundo. Ninguém, nem mesmo Paulo, seria um apóstolo no sen­tido original em que os doze o eram. Há somente doze apóstolos do Cordeiro (Ap 21.14).
A Bíblia nos diz quais eram as qualificações que os doze deveriam ter, quando da seleção daquele que substituiria Judas (At 1.15-22).

ATOS 1.15-22
15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
16 Irmãos: Convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus.
17 Porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério
18 (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
19 E isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue).
20 Porque está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
21 É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
22 Começando no batismo de João, até o dia que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.

Para ser um dos doze apóstolos do Cordeiro, deveria tê-los acompanhado — aos apóstolos e a Jesus — durante todos os três anos e meio do ministério de Jesus. Paulo não estava entre eles.
Os doze foram enviados para ser testemunhas oculares do ministério, obra, vida, morte, sepultamento, ressurreição e ascensão do Senhor Jesus Cristo. E eles permaneciam numa categoria ou classe onde nenhum outro apóstolo ou ministro poderia estar.
c. Apóstolos do Novo Testamento: isto inclui Paulo e Barnabé e os outros apóstolos do Novo Testamento. Além dl Jesus ser chamado de Apóstolo, e dos doze apóstolos do Cordeiro, o Novo Testamento chama muitos outros d apóstolos:
1) Barnabé e Paulo (At 14.14).
2) Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1.19).
3) Andrônico e Junias (Rm 16.7).
4) Silvano e Timóteo (1 Ts 1.1;2.6).
5) Apoio (1 Co 4.4-9).
6) Dois irmãos não nomeados (2 Co 8.23)*
7) Epafrodito (Fp 2.25)*

*A palavra traduzida por mensageiro nestes versículos é a mesma palavra grega traduzida por apóstolo nos outros lugares. Pode também significar um representante ou um delegado.
Os apóstolos do Novo Testamento não eram apóstolos no mesmo sentido que os doze Apóstolos do Cordeiro eram. Em primeiro lugar, eles não eram testemunhas da vida e ministério de Jesus. Em segundo lugar, eles pareciam ter chamados mais limitados. Paulo, por exemplo, era um apóstolo (um enviado) para os Gentios somente (veja 2 Tml.ll).
Há muito falatório hoje sobre a necessidade dos apóstolos contemporâneos lançarem fundamento para igreja. Po­rém o fundamento da Igreja Mundial já foi lançado! Este trabalho foi realizado pelos Apóstolos do Cordeiro e os outros apóstolos do Novo Testamento.
Paulo explica isto em 1 Coríntios 3.10:

1 CORÍNTIOS 3.10
10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, LANCEI O FUNDAMENTO como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém, cada um veja como edifica.

EFÉSIOS 2.20
20 Edificados sobre o FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;

d. Os primeiros doze apóstolos e os outros apóstolos do Novo Testamento lançaram inicialmente o fundamento da Igreja ao darem testemunho da missão terrena de Jesus, como os primeiros pioneiros e pregadores do Evangelho, e ao receberem a Palavra de Deus e registrá-la na forma escrita no que agora conhecemos como Novo Testamen­to. Os apóstolos contemporâneos não são chamados para lançar o fundamento da Igreja. Eles têm um chamado e uma missão inteiramente diferentes.
Apóstolos de hoje: Não existem apóstolos hoje nas três classes relacionadas acima. Não há apóstolos fundacionais hoje. Se a fundação não fosse lançada pelos apóstolos do Novo Testamento e nós precisássemos dos apóstolos contemporâneos para fazê-lo, então precisaríamos de uma nova pedra angular da mesma forma. Naturalmente, isto é tolice. O trabalho do apóstolo hoje é encontrar e estabelecer/igrejas locais individuais por todo o mundo; adentrar 110vo território e abrir igrejas onde elas não existam, assim como mencionei anteriormente.
2. Há o ofício do apóstolo hoje? Sim, graças a Deus ele exis-te.Voltemos a Ef 4.8,11-13.

EFÉSIOS 4.8,11-13
8 Por isso diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens...
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.

a. Se Deus tivesse tirado alguns desses ministérios da lista, a Bíblia diria que Ele concedeu-nos só por pouco tempo.
b. TODOS esses dons do ministério foram dados para o aperfeiçoamento dos santos, para o trabalho do ministé­rio, para a edificação do Corpo de Cristo. Isto inclui os apóstolos.
c. Por quanto tempo ele os deu? Todos eles foram dados. Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13).

L. Que marcas devemos observar em um apóstolo hoje?
1. Acima de tudo, um pregador ou mestre da Palavra.
2. Dons espirituais observáveis e proeminentes.
3. Profunda experiência pessoal.
4. Poder e capacidade para estabelecer igrejas.
5. Capaz de prover liderança espiritual adequada.
Comentários: Se Deus o chamou para ser um apóstolo, não ficaria preocupado sobre o assunto. Você não começará nesse ofício. Em At 13.1 lemos: Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres; Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém ... e Saulo. Cada um desses homens era ou um profeta, ou um mestre, ou um profeta e um mestre (um homem pode permanecer em mais de um ofício). Era o caso de Paulo. Sabemos, pelo estudo das Escrituras, que ele era tanto um profeta como um mestre. At 14.14 chama-o de apóstolo. Ele tornou-se um apóstolo quando Deus o estabeleceu nesse ofício.
Lembre-se disso : Não se preocupe com nome e títulos. Se eu não soubesse para qual ofício Deus me chamou, não ficaria um só minuto preocupado com isso.
Se percebesse o chamado dentro de mim, simplesmente pre­garia e ensinaria, e então deixaria Deus me colocar no ofício que Ele tem para mim.
Barnabé e Paulo não foram estabelecidos inicialmente no ministério de apóstolo; mais tarde, Deus os colocou lá.
E também lembre-se: Deus recompensa a fidelidade. Ele não recompensa o ofício em si.
Um profeta não receberá maior galardão do que um porteiro que foi fiel em seu ministério de socorros.
Os ofícios mais preeminentes não recebem maior galardão; somente há maior responsabilidade.
Deus recompensa a fidelidade!






























LIÇÃO VII

O PROFETA

Introdução: Em fevereiro de 1959, o Senhor Jesus apareceu a mim e falou comigo durante uma hora e meia a respeito do ministério de profeta. Aquela visão é contada em detalhes no livro Eu Creio em Visões. Muitas das informações contidas neste estudo foram-me reveladas naquela época. O Senhor também apareceu para mim em 1987 e falou comigo sobre os dons ministeriais, particularmen­te os ofícios de apóstolo e de profeta.

I CORÍNTIOS 12.28
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em SEGUNDO LUGAR PROFETAS...

EFÉSIOS 4.11
II E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para PROFETAS....

A. Há profetas nos dias de hoje?
1. Alguns afirmam que o ofício de profeta foi abolido. Que houve profetas no período do Velho Testamento e no período da igreja primitiva, mas que não há mais profetas hoje.
a. Esta afirmação não é bíblica.
2. A Palavra de Deus nos diz que ele concedeu alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres (Ef 4.11).
a. Alguns dizem que os únicos ministros que temos hoje são evangelistas, pastores e mestres.
b. A Palavra de Deus não faz distinção. Ou todos ainda permanecem ou nenhum ainda permanece.
c. Para qual propósito foram dados? Para o aperfeiçoamen­to dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo.
Os santos já foram todos aperfeiçoados? Há desempenho de serviços (ministérios) hoje? O Corpo de Cristo precisa de edificação? Sim, com bastante ênfase! Então todos estes dons do ministério devem estar em operação.
d. Estes dons do ministério são necessários até que Jesus volte para sua Igreja.

B. O que constitui o ministério de profeta?
1. Comentando o que o Novo Testamento diz a respeito do profeta, um estudioso do grego disse: "Ele fala pelo impulso da inspiração súbita no momento.à luz de uma repentina revelação. A idéia de falar por uma revelação súbita parece ser fundamental no relacionamento com os eventos futuros ou da mente do Espírito em geral."
Um profeta fala por inspiração divina direta, uma revelação imediata — não algo que ele pensa, mas algo dado subita­mente por inspiração repentina.
2. Para permanecer no ofício de profeta, deve ser primeiramen­te um ministro do Evangelho, separado e chamado para o ministério com o chamado de Deus para sua vida. O profeta é um dom do ministério.
a. Um profeta é acima de tudo um pregador ou um mestre da Palavra.
b. Não há profetas entre o que chamamos de leigos — porque um profeta é aquele que é chamado para o minis­tério de tempo integral.
c. Um leigo pode profetizar, mas você não é um profeta só porque profetiza.
1) Paulo encorajou toda a igreja de Corinto a buscar o dom de profecia (1 Co 14.1).
Então ele dá a definição do que é o simples dom de profecia: Mas o que profetiza, fala aos homens, edificando, exortando e consolando (v.3).
Ainda a resposta à pergunta "São todos profetas?" é obviamente "Não" (1 Co 12.29).
2) Diferenciar entre o profetizar — embora um profeta possa profetizar — e o ministério de profeta.

ATOS 21.8-11
8 No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com eles.
9 Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.
10 Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo;
11 E, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele seu próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios.

As quatro filhas de Filipe profetizavam. Isto significa que elas operavam no simples dom de profecia, "fa­lando aos homens para edificação, exortação e conso­lo" (1 Co 14.3).
Agabo era um profeta. E embora um profeta possa profetizar o que é revelado, Ágabo não está profetizan­do neste trecho. Ele somente está relatando o que o Espírito Santo lhe revelou anteriormente.
3. Para permanecer no ofício de profeta, o dom do ministério necessita como condição necessária já terem operação, em seu ministério, uma manifestação consistente de pelo menos dois dos três dons de revelação (palavra de sabedoria, pala­vra de conhecimento, discernimento de espíritos), além do dom de profecia.
a. Os três dons de revelação são:
1) Palavra de sabedoria: Revelação sobrenatural pelo Es­pírito de Deus concernente ao propósito da mente e vontade de Deus. Sempre se refere ao futuro.
2) Palavra de conhecimento: Revelação sobrenatural pelo Espírito de Deus de fatos na mente de Deus concernen­tes às pessoas, lugares ou coisas. Sempre se refere ao presente ou passado.
3) Discernimento de espíritos: Discernimento sobrenatu­ral para dentro da dimensão espiritual. Enxergar e ouvir na dimensão espiritual.
b. Qualquer crente cheio do Espírito pode ter manifestações ocasionais destes dons conforme a vontade do Espírito e conforme a necessidade. Mas um profeta também perma­neceria no ofício de pregador ou mestre e teria manifes­tação muito mais consistente desses dons. A diferença é que um profeta tem um ministério nessa linha. Ele torna-se um dom do ministério num nível mais elevado.
c. Um profeta tem visões e revelações.
d. Há três tipos de revelações e três tipos de visões. O tipo mais elevado de revelação e a categoria menos elevada de visão são similares e às vezes o indivíduo não consegue diferenciar um caso do outro.
1) Visão espiritual. Uma pessoa tem a visão no seu espí­rito, ou vê em seu espírito. É o primeiro tipo de visão e a de categoria menos elevada.
Exemplo: Saulo na estrada para Damasco (Atos 9.1-8). A Bíblia diz sobre Saulo que ... quando os seus olhos estavam ABERTOS, ele não via nenhum homem... Os olhos de Saulo estavam fechados quando ele teve esta visão e viu Jesus. Paulo não via o Senhor com os seus olhos físicos. Ele enxergava no reino espiritual com os seus olhos fechados.
Na realidade, a Bíblia diz que Saulo ficou cego durante um tempo, portanto ele não pôde ver a Jesus com seus olhos físicos. Mais tarde Ananias orou por Paulo para que ele pudesse receber sua visão (Atos 9.17).
2) Êxtase. Jesus assinalou para mim que o segundo tipo mais elevado de visão é quando entramos em êxtase.
Quando uma pessoa entra em êxtase, seus sentidos físicos são desaguçados. A sensibilidade de onde se está, ou a respeito das coisas do mundo físico, desapa­rece. Ele não fica inconsciente; ele torna-se mais cons­ciente das coisas espirituais do que das coisas físicas.
Exemplos: Paulo. Quando Paulo foi a Jerusalém pela primeira vez após a sua conversão, ele disse: Tendo eu voltado para Jerusalém, enquanto orava no templo, sobreveio-me um êxtase, e vi aquele que falava comigo (Jesus): Apressa-te e sai logo de Jerusalém porque não receberão o teu testemunho a meu respeito (At 22.17,18).
Pedro. O capítulo 10 de Atos relata a visão de Pedro em que o Senhor disse-lhe para levar o Evangelho aos gentios. Pedro subiu ao eirado para orar e então sobreveio-lhe um êxtase (v.10).
Quando Pedro entrou em êxtase,... viu o céu aberto... (v.ll). Ele estava vendo na dimensão espiritual.
Observamos, então, da Bíblia, que tanto Pedro quanto Paulo entraram em êxtase e enxergaram na dimensão espiritual.
3) Visão aberta. É a visão da categoria mais elevada. Quando ocorre os sentidos físicos não ficam suspen­sos. Seus olhos físicos estão abertos. O indivíduo permanece com toda sensibilidade física, e ainda vê e ouve na dimensão espiritual.
João. No capítulo 1 do livro de Apocalipse, parece que João viu ao Senhor numa visão aberta.
Experiência pessoal: Tive esse tipo de visão quando Jesus apareceu-me em 1959 e ensinou-me a respeito do ministério de profeta. Vi Jesus entrar no meu quarto. Ouvi Seus passos. Vi-O sentar-se ao lado da minha cama. Ouvi Sua voz do mesmo modo que ouço a voz de qualquer pessoa.
e. Os profetas do Velho Testamento eram chamados viden­tes. Eles viam e sabiam algumas coisas de maneira sobre­natural.
l)Durante aquela visão, o Senhor lembrou-me do tempo em que Saul era um jovem e procurava as jumentas de seu pai que tinham-se extraviado (1 Sm 9). Quando Saul inquiria a respeito delas, alguém lhe sugeriu que fosse ao profeta e lhe perguntasse onde encontrar as jumentas, pois ele saberia onde elas estavam. Saul foi ao profeta Samuel, que lhe disse que as jumentas tinham sido encontradas há três dias e que agora as pessoas procuravam por Saul. Samuel sabia disso so­brenaturalmente.
Samuel também pediu para que Saul esperasse, pois tinha uma palavra de sabedoria para ele, concernen­te ao plano de Deus. Saul foi então ungido para ser o primeiro rei de Israel. Certamente Samuel não sabia a respeito do paradeiro de qualquer jumenta perdida em Israel. Possivelmente havia muitas ju­mentas perdidas naqueles dias. Deus tinha um pro­pósito em revelar um caso particular, pois era con­cernente ao futuro rei de Israel.
Experiência pessoal: Certa vez fui visitar um ministro no lugar onde ele estava construindo um templo novo. Após mostrar-me o lugar, entramos em nossos carros para irmos embora. Enquanto isto acontecia, a Palavra do Senhor veio até mim dizendo que eu devia falar àquele ministro que ele não viveria muito tempo a menos que julgasse a si mesmo em três coisas: sua dieta, suas questões envolvendo dinheiro, e sua falta de amor pelos irmãos.
Eu saí do meu carro para falar com ele, mas, enquanto isso acontecia, alguém foi até seu carro e começou a conversar com ele. Eu sabia que provavelmente ele não aceitaria as minhas palavras. Ele certamente não andava em amor para com os irmãos, e, provavelmente, teria me esbofeteado. Enquanto pensava nessas coisas, ele foi embora sem que eu lhe contasse o que Deus tinha me mostrado. Aquela foi a última vez em que o vi, pois, embora fosse jovem, veio a falecer três anos mais tarde.
f. A palavra "revelação" é usada em conexão com o minis­tério de profeta.

1 CORÍNTIOS 14.29,30
29 Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.
30 Se, porém, vier REVELAÇÃO a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro.

1) As revelações podem vir pelo profeta pela operação do dom de profecia. Isto está numa categoria superior à da simples profecia.
2) As revelações também entram em operação quando o profeta simplesmente relata o que o Espírito Santo está dizendo.
3) As revelações devem ser julgadas.
Comentário: É bíblico que os outros julguem as profe­cias (1 Cr 14.29). As pessoas que não querem que suas revelações — ou profecias — sejam julgadas estão erradas. E elas podem estar com orgulho espiritual.
Alguém poderia dizer: "O Senhor Jesus não comete erros."
Correto. Mas estes dons espirituais estão sendo mani­festados através de seres humanos, que são imperfeitos.
É semelhante ao fluir da água por um cano. A água pode ser contaminada pela ferrugem do cano.
Outras pessoas têm o Espírito de Deus, especialmente aquelas que são utilizadas nesta área, então é por isto que a Palavra diz:... deixe que os outros julguem.
g. Às vezes o profeta opera como prognosticador. Este é o dom da palavra de sabedoria operando através do profeta.
1) Ágabo.
Ele previu uma seca (At 11.28)
Ele previu o que aconteceria com Paulo em Jerusalém (At 21.10,11).
h. Alguns não crêem que a profecia pessoal seja bíblica. Eles não crêem que um profeta possa trazer uma mensa­gem para um indivíduo.
1) Ágabo operou nela (At 21.10,11). Ele não disse a Paulo que ele não deveria ir a Jerusalém. Ele simplesmente disse-lhe o que ocorreria lá, e isto se cumpriu.
2) Muitas vezes Deus mostrou coisas nessa linha que abençoaram e ajudaram as pessoas. Necessitamos des­sa espécie de manifestação nos dias de hoje.
3) Conforme a vontade de Deus, Ele nos mostra coisas para nos preparar e nos deixar prontos para o futuro. Mas você não liga e desliga a operação do ministério de profeta conforme sua vontade. Ele entra em opera­ção conforme a vontade do Espírito.
4) Às vezes Deus usa um indivíduo para levar uma pala­vra de Deus para outra pessoa. Então este indivíduo poderia pensar que pode trazer uma palavra de Deus a todos. Não! Aqueles que andam trazendo "mensagens de Deus" e profecias para todo mundo a toda hora estão no engano, no fanatismo e com problemas hor­ríveis..
O diabo pode enganá-los. E ele o fará.
Há uma semelhança entre o ministério de profeta do Antigo Testamento e o do Novo Testamento. Contudo, o profeta do Novo Testamento não tem o mesmo status (posição) do profeta do Antigo Testamento.
1)0 povo da época da Antiga Aliança ia ao profeta buscar direção. Somente o rei, o sacerdote e o profeta eram ungidos pelo Espírito de Deus para ocuparem os seus respectivos ofícios.
Os demais não tinham nenhuma Presença de Deus tangível em suas vidas. A Presença de Deus estava encerrada no Santo dos Santos. Eles não tinham o Espírito de Deus nem sobre eles, nem dentro deles.
A menos que Deus decidisse mover-Se e demonstrar a Si mesmo no reino natural, como no caso de Gideão, as pessoas teriam que recorrer ao profeta para orientação.

C. Na Nova Aliança não é bíblico buscar direção através do ministério do profeta.
1. Jesus disse isso quando Ele me apareceu em 1959.
2. Estamos numa aliança superior (Hb 8.6).
3. Temos a mesma Presença de Deus dentro de nós que estava encerrada no Santo dos Santos. Ele vive em nós. Na Nova Aliança, nossos corpos são templos de Deus (1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16).
4. Ele está dentro de nós para nos guiar.
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos (maduros) de Deus (Rm 8.14).
5. Todo crente necessita aprender a se orientar pelo testemunho interior do Espírito Santo. Ele não teria de ir a mais ninguém para buscar orientação.
6. Há pessoas que procuram controlar a vida das outras através de profecias (pessoais). Não sei porque gostam de fazer isto, porque não é bíblico.
Durante anos tenho visto isto acontecer em ciclos. Muitas coisas acontecem nesta época e as pessoas pensam que têm uma "nova revelação." Porém eu vi a mesma coisa há 35 anos. O que houve desapareceu então, e irá desaparecer agora, porque não está baseado na Palavra.
Pensam que têm algo novo, e realmente é um espírito de engano. Não é o Espírito Santo de maneira alguma.
Durante anos tenho visto estes "profetas" dizerem a outros com quem eles devem ou não se casar. Nunca vi em nenhum caso isto funcionar. E, ah, a tragédia que vi ocorrer com as pessoas.
7. Saiba em seu próprio espírito como Deus o está guiando. Se algo que alguém diz confirma o que você tem em seu espírito, tudo bem! — se não, esqueça!
8. O profeta Ágabo tomou o cinto de Paulo e ligou com ele os seus próprios pés e mãos e declarou:

ATOS 21.11-14
11 E, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele seus próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios.
12 Quando ouvimos estas palavras tanto nós como os daquele lugar, rogamos a Paulo que não subisse a Jerusalém.
13 Então ele respondeu: Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus.
14 Como, porém, não o persuadimos, conformados, dissemos: Faça-se a vontade do Senhor.

Observe algo. Ágabo previu o que aconteceria. Mas ele não disse nada a respeito de qual seria a vontade de Deus sobre o assunto. Ele não disse a Paulo se ele devia ir ou não ir a Jerusalém. Ele não deu a Paulo nenhuma direção a respeito do assunto. Ele simplesmente disse o que lhe foi revelado. Paulo teria que decidir por ele mesmo se Deus estava conduzindo-o ou não a Jerusalém.
Algumas pessoas pensam que Paulo saiu do propósito de Deus — que o Espírito de Deus estava dizendo-lhe que não deveria ir.
Este não é o caso, pois quando Paulo foi preso, Jesus apareceu-lhe à noite.

ATOS 23.11
11 Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma.

Se ele estivesse fora da vontade de Deus, o Senhor teria-lhe dito.

D. Ponha a Palavra de Deus em primeiro lugar. Mesmo se houver manifestações sobrenaturais em sua vida, não construa seu ministério sobre manifestações sobrenaturais. Continue com elas, mas construa (edifique) o seu ministério sobre a Palavra de Deus. Mesmo se você é um profeta, construa o seu ministério sobre a Palavra.
1. Durante o avivamento de cura divina entre 1947 e 1958, Deus enviou-me para conversar com alguns ministros. Ele disse-me para dizer-lhes: "Você não pode edificar um minis­tério sobre dons espirituais. Desenvolva o seu ministério da Palavra. Siga adiante e opere nos dons espirituais, mas desenvolva o seu ministério da Palavra (pregação e/ou en­sino). Caso contrário, você caminhará para encerrá-lo na ruína espiritual." E com o tempo, acabaram por se arruinar exatamente como Ele disse que iriam.
Estávamos no ano de 1954 quando disse-lhes: "Quando vocês estiverem fora do ministério, ainda estarei nele." Olharam para mim, surpreendidos. Mas hoje praticamente todos já não estão mais nele.
Deus inspirou-me a dizer-lhes estas coisas, tentando fazê-los voltarem-se para a Palavra, mais do que somente para os dons do Espírito. Eu disse: "Vejam, estou edificando sobre a Palavra, e não sobre dons espirituais, e a Palavra permanece para sempre. Ela nunca falha."

E. É perigoso sentir-se na obrigação de que o ofício deva sempre entrar em operação.
1. Algumas pessoas chamadas por Deus, ungidas e equipadas por Ele para permanecerem num certo ofício, pensam: "Sou obrigado a funcionar nele para sempre."
Então, quando o Espírito Santo não está em manifestação, tentam funcionar (operar) por si mesmas. É PERIGOSO ENTRAR NESSA ÁREA.
Se está em operação, tudo bem.
Se não — não tente produzi-la por si mesmo.
2. Deus enviou-me para falar com um ministro em duas oca­siões. O Senhor disse-me para dizer-lhe: "Se a manifestação está lá, tudo bem. Se não, esqueça-a, vá em frente e pregue."
O Senhor me disse para dizer-lhe: "Se não, acabará por se arruinar neste lixo espiritual." Sinto por dizer que ele se arruinou. Ele não queria prestar atenção. Ele me disse: "Sinto como se fosse obrigado a realizar." Eu disse: "Bem, se você está realizando, já perdeu em primeiro lugar."
Estava com 36 anos nesta época. Saí de lá para Scranton, Pennsylvania, e então para New Jersey, para uma campanha de 2 semanas com o irmão A. A. Swift, um grande homem de Deus, então com 72 anos.
Disse ao irmão Swift o que o Senhor disse-me que devia falar àquele ministro. O irmão Swift disse: "Ele tem a Palavra de conhecimento operando nele. Eu reconheço-a. Mas passei bastante tempo na China e tornei-me conhecedor do que são os poderes ocultos." Ele disse: "O que alguns irmãos não percebem é que se o Espírito de Deus não está em manifes­tação e você move-se para esta área e tenta fazer algo na carne, você está abrindo uma porta para o engano de poderes ocultos. Isto ocorre porque você deixou a Palavra."
Discirna a diferença entre o Espírito de Deus e os espíritos familiares.
1. Não adianta ficar temeroso por causa dos maus espíritos — na verdade, são os espíritos familiares que estão em ação.
Estes espíritos estão familiarizados com as pessoas, e comu­nicam-se com aquelas pessoas através das quais operam.
2. Quando Deus tirou a Israel do Egito, lembre-se que Arão atirou sua vara e ela tornou-se em serpente. Os magos fizeram o mesmo — largaram suas varas no chão e elas transformaram-se em serpentes. Contudo a serpente de Moi­sés e Arão tragou as serpentes dos magos (Êx 7.12).
3. O diabo sabe algumas coisas. Ele não é onisciente como Deus. Mas a Bíblia fala a respeito de espíritos familiares. Eles ficam familiarizados com você — mesmo que você seja salvo e cheio do Espírito Santo. E se alguém os contata, eles dirão algumas coisas a respeito de você.
A jovem de quem Paulo expulsou um demônio tinha um espírito de adivinhação (At 16.16-19). Isto significa que ela fazia previsões — mas é o tipo errado de espírito.
O diabo sabe coisas que acontecerão às pessoas se continua­rem caminhando exatamente como estão. Se são filhos dele, ele sabe exatamente o que lhes acontecerá.
4. Conheço uma certa pessoa através da qual a palavra de conhecimento supostamente operava. Ele sabia coisas a respeito das pessoas. Ele costumava dizer rapidamente a revelação que recebera sobre as pessoas.
Certa vez, quando ele veio a uma das minhas reuniões, o pastor pediu-lhe para compartilhar algo com a congregação. Enquanto ele falava, ouvi o Espírito Santo dizer em alto e bom som: "espíritos familiares." Eu sabia que o Senhor estava me dizendo que o que ele possuía eram espíritos familiares.
Algum tempo depois, em outra parte do país, um velho amigo meu perguntou-me: "Você conhece fulano?" citando o nome do "ministro". "Sim", disse, "sei quem ele é, mas não tenho parte com ele". "Bem", ele disse, "Pensei que ele fosse de fato um homem de Deus porque coisas sobrenatu­rais operam através dele. E fui levado por isso. Eu possuía uma jóia de grande valor, que herdei, a qual mantinha guardada em certo lugar da minha casa. Aquele sujeito descreveu exatamente como era o diamante, disse-me onde estava, e disse-me que o Senhor queria que desse o diamante para ele. Pensei que fosse Deus", ele disse, "porque era sobrenatural. Então fui e dei-lhe o diamante."
"Mas, dois dias mais tarde, ele operou na mesma condição, perdeu sua calma, e amaldiçoou um homem. Então antes de sair da cidade — isto não foi boato, sei que aconteceu — envolveu-se com outro sujeito em homossexualismo e enga­nou alguns garotos colocando-os em problemas."
Então compartilhei com ele o que Deus tinha-me mostrado. Disse: "Não, ele possui espíritos familiares. Não é o Espírito de Deus em operação."
5. Como você pode saber a diferença ?
a. Por 1 Coríntios 12.1-3.

1 CORÍNTIOS 12.1-3
12 A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
13 Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixaveis conduzir-vos aos ídolos mudos; segundo éreis guiados.
14 Por isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema Jesus! por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo.

Interprete esses versículos no contexto. Paulo está escre­vendo a respeito de manifestações espirituais e coisas concernentes ao Espírito Santo. De fato, alguém poderia dizer "Jesus é Senhor" pela sua cabeça. Um pecador poderia dizê-lo. Mas o que a Escritura está realmente dizendo é que quando o Espírito Santo está em operação, ele sempre faz de Jesus o Senhor. Quando é o Espírito Santo que se manifesta, Ele diz que Jesus é o Senhor. Ele glorifica a Jesus. Ele não atrai atenção para o homem e o faz senhor.
b. A manifestação glorifica a Jesus? Abençoa as pessoas? Aproxima-as de Deus?
c. Ou exalta ao homem? Atrai atenção para o homem?
6. Não adianta ficar temeroso por causa dos maus espíritos. DEUS PODE SOBREPUJAR QUALQUER COISA QUE O DIABO POSSA FAZER. As manifestações do Espírito Santo são verdadeiras. Vamos ter as manifestações verda­deiras que irão abençoar as pessoas.
7. Esteja aberto a Deus e convide o Espírito de Deus a Se manifestar em nosso meio nos vários e diversificados minis­térios que Ele estabeleceu na Igreja.

G. Conceitos errados que as pessoas têm a respeito do ministério de profeta.
1. Conceito errado: Muitos supõem que o profeta não faz nada a não ser profetizar. Mas o principal ministério do profeta é pregar ou ensinar a Palavra.
a. Um profeta faz muito mais do que profetizar. De fato, muito freqüentemente ele está falando a revelação do momento e não está profetizando — ele simplesmente está dizendo o que lhe foi revelado. Por exemplo, Ágabo dava a entender, pelo Espírito, que haveria fome na terra (At 11.28).
b. Um profeta faz muito mais do que ter revelações.
As pessoas enganam-se em pensar: Sou chamado para ser um profeta (e pode até ser), de modo que sempre estão tentando ter uma revelação, sempre estão tentando profetizar.
c. Antes de tudo, um profeta é um pregador ou mestre na Palavra. Jesus disse que João Batista era um grande profeta, embora não haja nenhum registro de que João previu alguma coisa. Ou melhor, Ele predisse ou pregou a mensagem do Reino de Deus sob a inspiração do Espírito Santo.
d. A imposição de mãos acompanha o ministério de profeta.
e. Um ministério de cura acompanha o ofício de profeta
E quando o profeta opera nos dons de curar (ou qualquer função de ministério), é o ministério de profeta em operação.
1) Eliseu. Jesus disse:

LUCAS 4.27
27 Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.

Eliseu tinha um ministério de cura. E as pessoas sa­biam disso. Naamã foi a Eliseu, por causa de uma judia, capturada na guerra da Síria contra Israel, que era escrava na casa de Naamã. Quando ela soube que Naamã era leproso, disse-lhe: Oxalá o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra (2 Reis 5.3).
2) Jesus. Jesus operou no ofício de profeta. Seu ministério de cura exemplifica todas as diversas manifestações que não veríamos num único ministério.
3) O ministério de cura de um profeta pode operar através da imposição de mãos.
4) O ministério de cura de um profeta também pode operar de outras formas.
a) Eliseu não impôs as mãos em Naamã. Ele nem mesmo saiu para vê-lo. Ele tinha uma palavra de Deus. Ele enviou-lhe um mensageiro para dizer-lhe: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, eficarás limpo (2 Re 5.10).
b) Jesus ministrou cura através de outros meios além da imposição de mãos.
Mas sem tocar os dez leprosos, disse-lhes: vão e apresentem-se aos sacerdotes. E foram curados no caminho (Lc 17.11-19).
Ele cuspiu na terra e, havendo feito lodo com a saliva, aplicou nos olhos de um homem cego, e disse-lhe: Vá lavar-se no tanque de Siloé (Jo 9.6,7).
Por que Ele agiu assim? Porque o Espírito de Deus disse-Lhe para fazê-lo. Ele operava no ofício de profeta. Os dons de curar estavam em operação através dEle.
Jesus foi ungido com o poder de cura de Deus (At 10.38). E, em outras ocasiões, Jesus ministrou a cura pela transferência de poder. Em outras pala­vras, as pessoas eram curadas também quando a unção de cura fluía de Jesus para elas. A mulher hemorrágica é um exemplo disso (Mc 5.25-34). Veja também Mt 14.34-36; Mc 6.56; Lc 6.19.
5) Jesus disse, a respeito da cura de Naamã através do ministério de profeta de Eliseu: Havia também mui­tos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro (Lc 4.27).
Por que Eliseu não fez isso com todos os leprosos de Israel?
Naamã era um idolatra; nem israelita ele era. Não participava da aliança com Deus. Ele adorava ao ídolo Dagon.
Porque Eliseu não disse aos leprosos de Israel, incluindo aqueles que participavam da aliança com Deus: "Vão e mergulhem no rio Jordão sete vezes e sua carne se tornará novamente limpa tal como a de uma criança"?
Porque Deus não disse para falar-lhes isso!
Você não pode ir além da Palavra de Deus.
A Palavra de Deus, sem dúvida, veio a Eliseu para dizer-lhe o que fazer no caso de Naamã.
Experiência pessoal: As pessoas ainda são curadas dessa maneira hoje. No meu ministério muitos foram curados assim, pela Palavra do Senhor, em uma mani­festação sobrenatural do Espírito Santo — ainda que não pudesse fazer com que tal manifestação operasse para outros. O Senhor disse-me exatamente o que fazer. Às vezes o Senhor me dizia o que deveria falar para as pessoas fazerem. Às vezes tinha uma visão e agia na reunião conforme a visão. E pessoas levanta­vam-se de suas cadeiras de rodas.
Ainda assim, outros entravam em cadeiras de rodas e saíam em cadeiras de rodas.
Algumas pessoas mostram a sua ignorância da Palavra de Deus ao dizerem: "Não pode ter sido Deus. Se Ele curou um, deveria ter curado todos também."
Em primeiro lugar, não era eu que estava curando. Em segundo lugar, não tinha uma palavra de Deus para os outros. Os outros poderiam ter sido curados se tives­sem crido em Deus e contatado-0 por si próprios, mas, de uma maneira ou de outra, não o fizeram.
2 Conceito errado: Muitos pensam que um profeta sempre deve saber tudo sobre todos, e tudo o que está acontecendo ao seu redor.
a. Não é assim. Se assim fosse, Geazi, o servo de Eliseu, saberia que não teria a mínima chance de conseguir sair impune com o que fez (2 Rs 5.20-27).
Naamã ofereceu presentes ao profeta, logo depois de ser curado. Eliseu não os aceitou. Então Naamã retornou à Síria. Mas Geazi foi atrás dele e lhe mentiu. Ele disse: Meu senhor me enviou. Após você ter ido embora vieram dois jovens profetas. E embora meu senhor não levasse nada para ele mesmo, ele disse que seria bom dar um talento de prata e duas vestes festivais para eles (2 Rs 5.22).
Naamã, emocionado por ter sido curado de tal condição terrível, deu a Geazi mais do que ele pediu. Ele tomou o dinheiro e o escondeu.
Mas quando Geazi voltou para Eliseu, ele lhe perguntou o que tinha acontecido. Ele respondeu: Seu servo não foi a lugar nenhum (2 Rs 5.25). E Eliseu lhe respondeu: Não fui ter contigo em espírito,... ? (v. 26)
Contudo, se Eliseu sempre soubesse tudo sobre todos e tudo que fosse acontecer ao seu redor, Geazi, que estava com ele continuamente, saberia disso, e nunca teria ten­tado fazer o que fez.
b. O Senhor somente diz a um profeta o que Ele quer que ele saiba. Ele não diz a um profeta todas as coisas.
Outras Escrituras também indicam que o profeta não sabe tudo. O Profeta Elias disse, quando a sunamita foi até ele e prostrou-se aos seus pés após a morte de seus filhos:... Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu, e não mo manifestou (2 Re 4.27).
3. Conceito errado: Alguns pensam que, se alguém é um pro­feta, podem perguntar todo o tempo: "Você tem alguma palavra para mim?"
a) Você não pode ativar estas coisas conforme a sua vontade.
b) Deus pode lhe dar ou não uma Palavra. E na maior parte das vezes Ele não lhe dá.
Comentários pessoais: A palavra de conhecimento, a palavra de sabedoria, o discernimento de espíritos e o dom de profecia operam no ofício de profeta. Como eles são dons espirituais, também operam na vida de um cristão cheio do Espírito conforme a necessidade ou conforme a vontade de Deus. Mas a operação desses dons em sua vida não faz de você um profeta.
Pouco tempo depois de ter sido cheio do Espírito e falar em línguas, a palavra de conhecimento começou a operar na minha vida. Eu podia ver e saber de coisas sobrenaturalmente. Mas isto não me fazia um profeta.
Eu tinha 20 anos e era pastor de uma igreja no interior quando, duas semanas depois do meu batismo com o Espírito Santo, tive uma rápida visão espiritual — eu a chamo de "minivisão". Vi uma pessoa na congregação e também vi como ela foi levada ao pecado duas noites atrás. Embora fosse levada a isso, esta jovem estava pensando: "Eu pequei e Deus não me ama mais." Sua amiga insistiu para que ela fosse à igreja naquela noite, mas ela já tinha decidido não voltar de novo. Quando comecei o culto e fechei os meus olhos, vi tudo isso: com quem ela estava, o que tinha feito, e como aconteceu. Eu lhe tornei conhecido o que Deus tinha-me dito, sem que a congregação pudesse saber; eu usei de sabedoria.
Se você tem uma revelação, busque sabedoria de Deus para lidar com ela. Não saia falando-a impulsivamente e sem sabedoria. Se você agir erradamente pode arruinar as vidas das pessoas e causar muita confusão, de modo que Deus poderá não lhe dar
outras revelações. Você pode ofender o Espírito de Deus, de modo que Ele não lhe mostrará outras coisas porque não pode confiar em você.
A jovem, ciente do amor e perdão de Deus por ela, veio ao altar em lágrimas. Deus revelou-me aquelas coisas para salvá-la.
Algum tempo depois, enquanto ainda era solteiro e pastoreava uma igreja do Evangelho Pleno, havia uma linda jovem na igreja que estava bastante interessada em mim e eu estava um pouco interessado nela.
Tínhamos reuniões sábado à noite e domingo pela manhã e à noite. Como ela era a cantora mais talentosa, freqüentemente cantava um cântico especial. Mas ela não estava lá para cantar num sábado à noite.
Na manhã seguinte estava no púlpito pregando quando olhei pela janela e vi um carro parar. Vi-a sair do carro e dirigir-se para a igreja. O carro saiu rapidamente.
Subitamente, não estava mais no culto. Eu ouvia o som da minha voz enquanto falava, mas não sabia o que estava dizendo. É como se meu espírito estivesse em algum outro lugar. Eu sei o que Eliseu queria dizer quando falou "meu espírito foi com você".
Estava numa rua de uma cidade a 15 milhas do lugar em que pregava naquela manhã de domingo. Era sábado à noite (Isto ocorreu na década de trinta.) As ruas se enchiam no sábado à noite, pois as pessoas do campo iam para a cidade.
Eu permanecia em frente a um armazém na rua principal. Vi a jovem andando pela rua. Vi o mesmo carro parar ao seu lado. Vi-a entrar naquele carro.
Então, ao invés de continuar em frente ao armazém, estava agora sentado no assento traseiro do carro. Ele saiu para fora, para o campo, e eles cometeram adultério.
Deus mostrou-me estas coisas para me guardar. Ele mostrou-me muitas vezes outras coisas para ajudar os outros. Mas aquelas revelações não me faziam um profeta.
Eu já tinha pregado quase 20 anos quando Jesus apareceu para mim, em uma visão em 1952, e disse: "De agora em diante o que é conhecido em Minha Palavra como discernimento de espíritos irá operar em sua vida e ministério quando você estiver no espíri­to." Quando o discernimento de espíritos começou a operar em minha vida, pude ver e ouvir no reino do espírito. Então dois dons de revelação — discernimento de espíritos e a palavra de sabedoria — operaram na minha vida de forma consistente, além da profecia. Foi quando ingressei no ofício profético. Porém, até mesmo então, não ocupei o ofício de profeta publicamente até 1953.
Se Deus o chamou para um dado ofício, você não entrará nele imediatamente, Você estragaria tudo se entrasse na plenitude dele imediatamente. Mas Deus acrescentará um pouco aqui e um pouco ali. Se Ele tem em mente estabelecê-lo num dado ofício, se você for fiel, então, quando Ele puder confiar em você, Ele o estabele­cerá.
Deus não violará os princípios estabelecidos em Sua Palavra. O Espírito de Deus disse através de Paulo para que nenhum neófito seja estabelecido como presbítero, e então se ensoberbeça e caia na condenação do diabo (1 Tm 3.6).
O mesmo é válido em outros ofícios. Se um neófito é colocado no mesmo, Satanás o tentará e ele será ensoberbecido e destruído. Penso que alguns foram destruídos porque sentiam nos seus espíritos o chamado, mas ao invés de esperar que Deus os estabeleces­se, eles tentaram estabelecer a si mesmos.
Posso ver a sabedoria de Deus cm meu próprio ministério. Como um jovem e imaturo mental e espiritualmente, se estivesse cm alguns ofícios e lugares que ocupo hoje, nunca teria ido adiante. Teria ido para o lugar errado. Quando Deus me usasse, minha cabeça teria ficado tão grande que eu não conseguiria passar pela porta.
Estou satisfeito porque Deus pode nos usar. Mas eu não fico ensoberbecido de nenhum modo. Sinto-me humilhado sob a mão de Deus por Ele usar-me. Não tenho o mínimo de orgulho. Não fico nem mesmo emocionado quando ele me usa. Além do mais lemos no Antigo Testamento que Deus usou um burro para falar cm hebraico. Aquilo não fez do burro nada de especial. Então, se Deus o usar, louvado seja o Senhor, dê-lhe toda a glória.
Não fique fascinado com nomes e títulos.
Não saia e diga: "sou um profeta". Você pode se tornar ou não um algum dia. Mas deixe Deus estabelecê-lo; não tente estabelecer a si mesmo num dado ofício.
Nem mesmo necessariamente diga: "Sou um mestre", Pode ser que Deus queira fazê-lo um evangelista. Espere c descubra o que Deus quer que você faça.































LIÇÃO VIII

O EVANGELISTA

EFÉSIOS 4.11,12
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.

1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

A. A Palavra "evangelista" ocorre só três vezes no Novo Testa­mento.
1. Em Efésios 4.11, citado acima.
2. Em Atos 21.8, a Bíblia fala de "Filipe, o evangelista".
3. Em 2 Timóteo 4.5, Paulo disse a Timóteo, que era o pastor de uma igreja do Novo Testamento naquele tempo, para "fazer o trabalho de um evangelista".

B. O significado da palavra "evangelista" é: alguém que traz o Evangelho (as boas-novas); um mensageiro de boas notícias.

C. O evangelista traz a mensagem da graça redentiva de Deus.

D. O tema favorito do evangelista é a salvação em sua forma mais simples.

E. O único exemplo no Novo Testamento que temos de um evan­gelista é o de Filipe. O ministério de Filipe é o modelo porque é o único que Deus nos deu.
1. Filipe tinha só uma mensagem, e a mensagem era Jesus Cristo.
a. A mensagem de Filipe para Samaria:

ATOS 8.5
5 Filipe, descendo à cidade de Samaria,
ANUNCIAVA-LHES A CRISTO.

b. A mensagem de Filipe para o Eunuco

ATOS 8.35
35 Então Filipe explicou; e, começando por esta
passagem da Escritura, ANUNCIOU-LHE A
JESUS.

c. Uma característica notável dos evangelistas é essa: não importa por qual parte da Escritura comecem, eles sempre pregam Jesus. Este é o chamado deles. Esta é a mensagem deles.
F. O equipamento sobrenatural que acompanha o ministério do evangelista inclui "milagres" e "dons de curar".
1. É evidente que o evangelista tem um comissionamento direto do Senhor (Ef 4.11). Em 1 Co 12.28, o evangelista não é mencionado pelo seu nome. (Nem o pastor é mencionado pelo seu nome. O apóstolo, profeta e mestre o são. Porém o evangelista e o pastor não são.)
2. Eu creio que o evangelista está em 1 Co 12.28 quando diz "milagres" e "dons de curar".
a. Milagres e dons de curar também podem estar presentes em outros ofícios, mas nós sabemos do único modelo do Novo Testamento, Filipe, que eles devem acompanhar o ministério do evangelista.

ATOS 8.5-8
5 Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.
6 As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava.
7 Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados.
8 E houve grande alegria naquela cidade.

b. As curas seguiram a pregação de Cristo. Se, conforme a Escritura diz, ele tomou sobre si nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si, então não podemos pregar o Evangelho em sua plenitude sem que esta verdade também seja anunciada.
3. Na minha opinião, muitos daqueles a quem chamamos "evangelistas" são, na realidade, "exortadores".
a. Há o ministério de exortação (Rm 12.8).
b. Um exortador exorta as pessoas a serem salvas.
c. O equipamento sobrenatural de milagres e dons de curar não segue o ministério de exortação.
d. É possível que alguém comece como um exortador e, à medida que se prove fiel, Deus o chame mais tarde para ser um evangelista.

G. Se o dom de Deus ou comissionamento do evangelista está em alguém, a pessoa não precisa suplicar para ser evangelista; então haverá uma forte chama no íntimo dessa pessoa incitando-a para a pregação do Evangelho.
1. Filipe começou como diácono (ministério de socorros ou auxílio) na igreja (At 6.1-6). Os apóstolos ordenaram Filipe como diácono, mas não lhe deram nenhum comissionamento para evangelizar. Contudo, nós o vemos em Samaria com este dom celestial queimando em seu espírito, incitando-o a pregar o Evangelho com resultados gloriosos.
2. Paulo disse: porque ai de mim se não pregar o Evangelho! (1 Co 9.16). Se alguém tem um chamado divino queimando dentro em si, não importa qual seja a ofício, dirá como Paulo: "porque ai de mim se não pregar o Evangelho!"
3. Deus comissionou Jeremias para profetizar contra Israel. Também lhe disse que ninguém o ouviria — ele não teria nenhum convertido. Jeremias ficou aborrecido e disse uma vez: "Não o farei mais. Não falarei mais em Seu Nome" (Nós diríamos: "Não pregarei mais"). Mas então, Jeremias disse: sua palavra estava no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos... (Jr 20.9 KJV)
H. As marcas do evangelismo verdadeiro conforme evidenciados no ministério de Filipe, nosso único modelo do Novo Testa­mento:
1. Proclamação sobrenatural.
a. Havia algo para ver e ouvir no ministério de Filipe. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava (Atos 8.6).
b. Filipe, o evangelista, estava equipado com dons espiri­tuais particulares, necessários ao seu ministério — ope­ração de milagres e dons de curar. A exibição desses dons espirituais através dele é a melhor maneira da proclama­ção do Evangelho.
2. No verdadeiro evangelismo deve haver pregação da Pala­vra de Deus.
a. No ministério do evangelista, a pregação da Palavra de Deus é essencial.
b. O poder de Deus irá atrair uma multidão. Curas e milagres prendem a atenção. Mas as pessoas só são salvas depois de ouvirem a Palavra e crerem.

ATOS 8.12
12 Mas quando creram na pregação de Filipe a respeito das coisas concernentes ao reino de Deus, e a respeito do nome de Jesus, foram batizados, tanto homens quanto mulheres.

1) Curas e milagres são mencionados no início (v.6,7). Eles viram essas coisas. Mas a Bíblia não diz que eles creram quando viram; ela diz que eles foram salvos: Mas quando creram na pregação de Filipe...
2) Ninguém foi salvo antes de Filipe pregar. Eles foram salvos como resultado da pregação de Filipe.
c. Paulo disse a Timóteo (e lembre-se que ele também lhe disse para fazer o trabalho de um evangelista): Prega a palavra (2 Tm 4.2).
d. Somente a pregação da Palavra afeta a vontade do peca­dor.
3. Decisão individual.
a. A conversão é uma decisão pessoal. É algo pessoal entre o espírito humano e Deus.
b. Deus quer nos mostrar algo quando, após o relato das conversões em massa em Samaria, Ele encerra o capítulo com a conversa entre o evangelista e o etíope — uma única pessoa.
c. O dom supremo de um evangelista é a capacidade sobre­natural de levar uma alma à decisão por Cristo.
4. A necessidade que o evangelista tem dos outros ministérios.
a. Os vários ministérios dados por Cristo são dependentes uns dos outros para que venham a obter resultados que permaneçam.
b. O envio de Pedro e João a Samaria foi muito importante (para que os resultados de Filipe permanecessem).

ATOS 8.14
14 Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João;

1) Como evangelista, Filipe tinha habilidade de fazer com que as pessoas fossem salvas, porém o seu ministério não foi além de trazer a salvação às pessoas.
a) Alguns pensavam que Simão, o mago, foi salvo (v.13).
b) Mas Pedro teve algum discernimento espiritual. Ele disse a Simão: Seu coração não é reto aos olhos de Deus (v.21).
2) Filipe não tinha habilidade para estabelecer uma igreja, ou firmar as pessoas na Palavra, ou ensiná-las.
3) Ele parecia não ter um equipamento especial que Pedro e João tinham para ministrar o batismo com o Espírito Santo (v. 14-17).
4) Filipe cumpriu sua tarefa em levar as pessoas a Deus ao pregar a salvação por meio de Jesus Cristo. Então os apóstolos enviaram outros para conduzi-los a Deus.
c. Uma pessoa nunca será capaz de fazer tudo. E não deve. Cada um de nós é limitado. Todo ministro é limitado — mas Deus não é limitado. Precisamos uns dos outros.
d. Howard Carter foi um grande pioneiro do movimento pentecostal. Ele fundou a primeira escola Bíblica pente-costal do mundo. Ela ainda existe na Inglaterra. As reve­lações que Deus lhe deu concernente aos dons e manifestações do Espírito Santo conforme escrito em 1 Co 12 são vistas como verdades fundamentais hoje.
Eu li seus livros durante anos, mas nunca tinha-o encon­trado pessoalmente até que tive a oportunidade de com­parecer a uma de suas reuniões.
Ele tinha o ministério de imposição de mãos para que as pessoas fossem cheias do Espírito.
Após a reunião ele disse para o pastor e para mim que, na viagem de dois anos que acabara de completar ao redor do mundo (Deus disse-lhe para ir e ministrar aos missio­nários), tinha imposto as mãos em 645 missionários denominacionais e os ouviu falar em outras línguas.
Naquela noite 19 pessoas vieram para serem cheias do Espírito e em 10 minutos ele impôs as mãos em cada uma delas e todas falaram em outras línguas.
Enquanto conversávamos no fundo da igreja, uma mulher veio e perguntou: "Irmão Carter, você poderia orar para minha cura?"
Ele sorriu e disse: "Não, irmã. Eu poderia, se ninguém mais estivesse aqui. Mas este não é o meu ministério. Deus me usa primariamente para impor as mãos nas pessoas para que elas sejam cheias do Espírito. Mas Ele usa a minha esposa na cura divina. Raramente as pessoas deixam de receber sua cura quando ela lhes impõe as mãos. De modo que ela impõe as mãos nas pessoas para cura e eu lhes imponho as mãos para que elas recebam o Espírito Santo. Você deve ir até minha esposa."
Ele reconheceu que era limitado.
Ele poderia ter imposto as mãos nela pela fé assim como qualquer crente poderia fazê-lo. Mas há pessoas que são especialmente equipadas pelo Espírito de Deus para mi­nistrar na área da cura.
Alguns poderiam ser equipados para imporem as mãos nas pessoas para que elas recebessem o Espírito Santo e recebessem sua cura, mas Carter não o era. Ele reconhe­cia suas limitações e reconhecia o ministério dos outros.
Nenhum de nós é todo suficiente. Precisamos uns dos outros.

I. O ministério de um evangelista é mais um ministério itinerante, ministrando para os não salvos.






LIÇÃO IX

O PASTOR

EFÉSIOS4.11
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para PASTORES...

A. A palavra "pastor" é usada somente uma vez na tradução King James do Novo Testamento. E ela está aqui em Efésios 4.11.
Isto parece estranho quando entendemos que o ofício de pastor é provavelmente o ofício de mais amplo reconhecimento no ministério cristão hoje.
Contudo, tenho certeza de que há muitas referências a este ofício "pastoral".

B. A palavra grega traduzida como "pastor" significa literalmente "pastor de ovelhas".

C. O ofício é aplicado ao Senhor Jesus Cristo, nosso grande exemplo de um verdadeiro pastor.

JOÃO 10.11
11 Eu sou o BOM PASTOR. O BOM PASTOR dá a vida pelas ovelhas.

HEBREUS 13.20
20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus nosso Senhor, O GRANDE PASTOR das ovelhas...

1 PEDRO 2.25
25 Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao PASTOR E BISPO das vossas almas.

1 PEDRO 5.4
4 Ora, logo que o SUPREMO PASTOR se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.

D. Jesus é o Grande Pastor, o Pastor Supremo, de todas as ovelhas de Deus.

E. Jesus tem pastores auxiliares. Um pastor é um pastor auxiliar. Jesus é o Pastor Supremo.

F. Jesus chama e equipa homens para pastorearem um rebanho.

G. Os pastores são necessários para o amadurecimento e prepara­ção dos santos.
1. Nos dias do Novo Testamento, quando os crentes começa­ram a se reunir numa igreja local, ou grupo, ou assembléia, nos dias da igreja primitiva, eles precisavam de pessoas para exercer a função de supervisão e cuidado do rebanho. Esta é a posição de pastor.
2. Jesus teve compaixão das pessoas "porque estavam disper­sas como ovelhas sem pastor".
a. Ovelhas sem pastor ficam dispersas e desviam-se.
b. Vemos isso em grupos onde não há pastores.

H. Este é o ofício que mais se identifica com a localidade.
1. Uma pessoa chamada para ser um pastor estaria mais ou menos estabelecida na localidade do rebanho.

I. O pastor tem a supervisão do rebanho.
1. Jesus é o Grande Pastor. Ele é o Cabeça, o Supervisor de toda a igreja - o Corpo de Cristo. O pastor é um pastor auxiliar. Ele é o cabeça, o supervisor de um rebanho local. O corpo local é encabeçado pelo pastor. O cabeça governa. A habilidade de governo da igreja é encabeçada pelo ofício pastoral.
2. O ofício de pastor não é mencionado em 1 Co 12.28. Mas "governos" é listado. Eu creio que trata-se do ofício de pastor nesta lista de dons do ministério que Deus estabeleceu na igreja.
3. É bíblico o corpo de anciãos governar a igreja?
a. Nos dias da igreja primitiva — quando a igreja estava no estágio de primeira infância — as congregações foram colocadas sob um corpo de anciãos até que os dons do ministério fossem formados (pudessem se desenvolver).
A palavra grega traduzida por "ancião" significa simples­mente uma pessoa mais velha. Estes anciãos eram pessoas mais velhas, colocadas num lugar de posição e responsa­bilidade.
Os únicos ministros que a igreja tinha inicialmente eram os doze apóstolos. Um neófito não podia ser estabelecido como pastor de um rebanho. Então, até que alguns daque­les neófitos fossem chamados e aperfeiçoados para o ministério de pastor — isso leva tempo — eles tiveram que tomar algumas pessoas mais velhas, porque em geral pessoas mais velhas são mais maduras mentalmente, e colocá-las como encarregadas do rebanho.
Não temos essa situação hoje em dia. A Igreja não está mais em um estágio infantil de desenvolvimento. Os dons ministeriais já têm sido desenvolvidos na Igreja.
E isto tem criado problemas quando pessoas têm dito: "Queremos uma igreja como a primitiva. Voltemos a Atos dos Apóstolos." E então apontam anciãos para go­vernar a igreja.
(Sim, voltemos a Atos dos Apóstolos na doutrina e na demonstração do Espírito Santo. Em outras palavras, as mesmas experiências do Espírito Santo que estavam dis­poníveis a eles, também estão disponíveis a nós. Mas se fizermos como a igreja primitiva fez no seu governo, estaremos na primeira infância do cristianismo. O Novo Testamento revela claramente o plano de Deus para a igreja: que ela cresça!)
Alguns anciãos apontados por homens hoje não têm o chamado de Deus. Eles não sabem nada a respeito do ofício pastoral, porque não são chamados por Deus; não têm a unção para pastorear.
Não é bíblico apontar anciãos para supervisionar um rebanho e governar uma igreja quando há um pastor para supervisioná-la.
Isto é regredir para o estágio infantil de desenvolvimento com a Igreja Primitiva e reconhecer: "Nós nunca cresce­mos além disso. Somos todos bebês espirituais."
Comentários pessoais: Tenho estado no ministério por mais de meio século e tenho observado isso. Nunca vi uma igreja que tivesse o poder de Deus em operação e fizesse o que Deus a chamou para fazer a menos que os pastores realmente tivessem a supervisão do rebanho. Quando um conselho de diáconos, ou conselho de anciãos, tinha a supervisão e governo do rebanho, as coisas nunca funcionavam corretamente e o poder de Deus era dissipado. Você pode ir lá e tentar pregar, mas algo está errado. É como se você tentasse lavar seu pés com as meias dentro. Deus as abençoa o tanto quanto pode, porque Ele as ama. Mas Ele não pode derramar a plenitude de suas bênçãos, porque não pode colocar sua aprovação em idéias de homens.
Supervisores. Originalmente na igreja primitiva, o termo "ancião" referia-se à idade, à pessoa e à posição. Então conforme os dons ministeriais se desenvolveram na Igreja Primitiva mais se usavam títulos oficiais de "supervisor ou bispo", que se referiam àqueles que eram chamados e ungi­dos por Deus para permanecer no ofício pastoral.
A palavra bispo e a palavra supervisor são as traduções da palavra grega "episkopos". Ela comunica um significado de liderança definida e posição oficial.
a. A palavra grega episkopos é traduzida como "supervisor" na admoestação de Paulo aos anciãos da Igreja em Efeso:

ATOS 20.28
28 Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.

Para alimentar a Igreja de Deus com a Palavra, estas pessoas deviam ter sido mestres, que eram espiritualmen­te equipadas para alimentar o rebanho. Elas não podiam ter sido só pessoas mais velhas que vistoriavam o que acontecia e que não tinham nenhum ministério. Alguns dos anciãos colocados no rebanho cresceram e mais tarde Deus os chamou para serem ministros.
b. A palavra episkopos é traduzida por bispo aqui:

1 TIMÓTEO 3.1
1 Fiel é a palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.

Lembre-se, episkopos é traduzido por "supervisor" em outros lugares. Isto fala do dom pastoral. O pastor natu­ralmente teria a supervisão do rebanho.
1) A figura da Palavra refere-se a um pastor e a um rebanho. O pastor é o líder do rebanho. O pastor não levanta de manhã e diz: "Seria melhor que reuníssemos algumas das ovelhas hoje e ouvíssemos a opinião delas a respeito de onde devemos pastar hoje." Não, pois o pastor tem a supervisão. Ele é o supervisor do rebanho. Ele vai à frente, e o rebanho o acompanha.
2) Observe que 1 Timóteo 3.1 chama de "ofício de um bispo" (ou supervisor), que está se referindo ao ofício pastoral. Se este ofício não é o ofício pastoral, então não é um ofício que Jesus estabeleceu na Igreja porque todos os dons de ministério estão relacionados em Efésios 4.11. Não existem outros. Este ofício de bispo deve necessariamente ser o ofício pastoral porque é o dom ministerial que tem a supervisão do rebanho.

1 TIMÓTEO 3.2,3
2 É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3 Não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento.

3) É o dever do rebanho sustentar financeiramente o pastor. Mas o pastor não deve servir com motivação de lucro. Sua motivação deve ser servir a Deus e ao povo.

1 TIMÓTEO 33-5
3 É necessário que o bispo seja... não avarento.
4 E que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo respeito
5 (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?).

4) Este é sem dúvida o ofício de pastor

1 TIMÓTEO 3.6
6 Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo.

5) Não neófito. Você pode ver que eles não poderiam ter tido o ofício pastoral para começar porque inicialmen­te a Igreja Primitiva estava em sua infância e os crentes eram neófitos, exceto pelos apóstolos do Cordeiro. Eles não começaram neste ofício. Leva tempo para Deus desenvolver esses ministérios, incluindo o minis­tério pastoral.
Vemos o ofício de supervisor aqui novamente, que enca­beça o ofício de pastor.

1 TIMÓTEO 5.17
17 Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.

1) A igreja agora está saindo da primeira infância. Alguns anciãos que foram apontados para supervisionar o rebanho cresceram espiritualmente e foram chamados por Deus para serem ministros.
2) Aqueles que "se afadigam na Palavra e no ensino" são pregadores e mestres. Alguns anciãos e outros cresce­ram e passaram a ocupar o ofício pastoral e a lidar com a Palavra e o ensino,
3) Eles foram levados a um lugar em Deus onde os outros anciãos — aqueles que não se tornaram um dom do ministério — não eram mais necessários naquela po­sição.
5. É importante perceber que a igreja primitiva começou como um bebê. Leva tempo para um bebê sair de sua primeira infância.
a. No princípio do movimento pentecostal neste século, eles tiveram que retornar, quase por necessidade, ao estágio de governo de primeira infância de Atos dos Apóstolos.
Os pioneiros mais velhos iam em áreas onde não havia igreja do Evangelho Pleno por um raio de muitas milhas.
Um homem disse-me como ele pregou todo o verão num lugar e ganhou 285 almas, das quais 90 foram batizadas com o Espírito Santo.
Ele era um evangelista — não um pastor. Mas ficou lá com eles por um período de três meses, conduzindo reuniões todas as noites, e iniciou uma igreja. Quando ele foi embora não havia pastor disponível, então ele apontou alguns dos homens mais velhos para supervisionarem o rebanho até que um pastor fosse amadurecido e estabele­cido por Deus na igreja.
Algumas vezes passam de dois a três anos antes que um desses rebanhos novos tenham pastores.

J. O pastor é um dos ofícios mais importantes.
1. Sem o dom do ministério de pastor em operação no Corpo de Cristo, todos os outros ministérios são praticamente em vão. Não importa o quão grande seja o evangelista e quantas almas ele ganha, se não houver ninguém para pastorear as ovelhas, elas estão prontas para desviarem-se. Não importa quantos bebês nasçam num hospital, se ninguém cuidar deles, eles morrerão.
2. Em nenhum outro ofício são dadas tantas instruções no Novo Testamento. Nenhuma instrução é dada ao apóstolo. Nenhu­ma instrução é dada ao evangelista. Pouca instrução é dada aos outros ofícios. A maior parte das instruções diretas são dadas a este ofício (considerando que os termos anciãos que presidem, e bispo referem-se ao ofício pastoral) e não a qualquer outro ofício.
3. Não há ofício mais necessário, preeminente e respeitado a que Deus poderia chamá-lo do que o ofício de pastor. É uma causa nobre.
Comentários pessoais: Você deve funcionar onde Deus o chama. Mas, para ser honesto, se pudesse expressar o meu desejo, gostaria de ocupar este ofício mais do que qualquer outro.
Este é o único ofício que busquei. E se fosse um jovem eu aspiraria a este ofício. Deixemos Deus fazer o que Ele quer, mas eu falaria com Ele sobre este assunto. E eu o fiz. E Ele disse não por causa de meu chamado particular.

K. E o Espírito Santo que faz de homens pastores, não os homens.

L. Deus tem provido equipamento sobrenatural para o pastor. O pastor deve ser equipado com equipamento sobrenatural.
1. Os dons do Espírito (1 Co 12) podem ser manifestados nas vidas dos membros individuais do corpo de Cristo. Mas estou convencido também que estes dons sobrenaturais são equipamento sobrenatural para aqueles que ocupam os ofí­cios do ministério.
2. Estou convencido de que o pastor deve ser equipado com a palavra de sabedoria, a palavra de conhecimento e até mesmo línguas e interpretação.
Também estou convencido de que, se ele não o for, ele pedirá por esse equipamento espiritual, e obterá. Eu o obtive.
a. As vezes estes dons não são tão espetaculares na mani­festação através do pastor quanto o são através do profeta, embora estejam em operação.
b. Pastoreamento sobrenatural.
1) Um jovem com pouca educação formal foi salvo du­rante um reavivamento que conduzi.
Mas tarde ele foi batizado com o Espírito Santo. Então foi chamado para pregar.
Enquanto ainda trabalhava em uma serraria, ele prega­va nos fins de semana. Ele não teve nenhuma espécie de treinamento a não ser em sua própria igreja. Eu ensinei em muitos seminários lá. Logo ele tinha tantos chamados para ministrar que deixou seu emprego e passou a pregar em tempo integral. Passou 18 meses como evangelista. Sua igreja local estava sem pastor, e então eles o convidaram para ficar como pastor auxiliar durante três meses. No fim de três meses ele foi estabelecido como pastor. E então a igreja cresceu tanto quanto nunca havia crescido.
Voltei para pregar lá e fiquei maravilhado com a capacitação que estava sobre aquele indivíduo — um homem com pouca educação formal e nenhum treina­mento.
Eles puseram uma divisória simples numa sala para criar seu escritório e uma pequena sala contígua. Eu orava naquela pequena sala antes das reuniões. Duran­te o dia usava a pequena sala para estudar a Palavra.
Através da divisória, não poderia deixar de ouvi-lo aconselhando as pessoas. Naquela época estava no ministério por 25 anos — tinha pastoreado por 12 anos e viajado no ministério de campo por aproximadamen­te 13 anos.
Ele estava no ministério por quatro anos. Quando as pessoas vinham com certas necessidades e fazendo certas perguntas, eu pensava comigo mesmo: "Como alguém no mundo pode responder a uma pergunta como esta? Eu jamais saberia como respondê-la!"
Então as palavras que fluíam da boca daquele homem me maravilhavam. Eu sabia que o Espírito de Deus estava operando através dele. Fiquei maravilhado. Sentei-me com os olhos arregalados, e a boca aberta, e pensei: "É um milagre de Deus."
Depois de muitos anos ele mudou-se para uma igreja maior. Ele convidou-me para ir lá. Nesta época ele tinha 10 anos de ministério. Ainda fiquei pasmado com as palavras de sabedoria e as respostas que fluíam de sua boca. Eu sabia que o Espírito de Deus tinha dado esta capacidade a ele.
2) O irmão O. B. Braune pastoreou uma igreja, a antiga Rosen Heights Assembly, em Fort Worth por mais de 40 anos antes de se aposentar. Ouvi alguém perguntar-lhe durante uma sessão de perguntas numa reunião: "Como você consegue pastorear uma mesma igreja por tanto tempo? Qual é o segredo do seu sucesso?" Ele respondeu: "Na minha opinião, o maior segredo do ofício pastoral é ter a resposta certa para as pessoas quando elas precisam ou vêm buscar socorro."
Para fazer isso você terá que depender do Espírito de Deus, para que o mesmo lhe dê a resposta certa.
3) Eu preguei para o irmão e irmã J. R. Goodwin em muitas igrejas que eles pastorearam. Eles pastorearam mais sobrenaturalmente do que qualquer outro pastor que já conheci. Quando alguém da igreja deles preci­sava de ajuda, eles o sabiam imediatamente, por meio do Espírito de Deus.
4) Eu pastoreei desta forma. Nunca tinha um programa de visitas. Sempre sabia no meu íntimo quando alguém precisava de ajuda.
Um dos fatos mais notáveis nesta área ocorreu na última igreja que pastoreei. Um empreendedor de obras de construção civil fora salvo nas duas semanas anteriores. Estava me barbeando numa manhã quando o Espírito de Deus falou comigo e disse: "Quero que você vá restaurar o Sam. Ele ficou zangado no serviço ontem, e falou coisas que não devia. Hoje ele está em casa doente na cama. Ele pensa que Deus não o ama mais porque ele falhou. Quero que você vá restaurá-lo."
Saí do banheiro com um dos lados do meu rosto ainda por barbear e disse a minha esposa: "Querida, preciso ir na casa do Sam." E contei-lhe o que o Senhor me dissera.
Depois de me barbear fui para o quarto terminar de me vestir. Estava colocando o meu paletó quando um carro parou lá fora.
A mulher de Sam entrou em nossa sala chorando. Ela disse: "Oh, irmão Hagin, não diga a Sam que estive aqui, mas ele está em casa doente hoje." Ela explicou como uma dor antiga nas costas que sofria voltou novamente, e não mais podia levantar-se da cama. Então ela disse: "Ele disse que não irá à igreja de novo. Ele perdeu a calma no serviço ontem e alguns dos homens disseram que ele praguejou. Ele não se lembra se o fez. Mas ele disse que Deus não o ama mais porque ele falhou. Você poderia ir lá em casa?"
Disse-lhe: "Você pode perguntar a minha mulher, pois eu lhe disse que iria a sua casa (Este foi o motivo pelo qual o Senhor me dissera para falar com minha esposa sobre este assunto). O Senhor já tinha me falado sobre isso. Não preciso dizer a Sam o que você me falou. Direi o que o Senhor me falou."
Quando cheguei a sua casa, bati na porta do quarto em que estava. Ele disse: "Entre." Quando ele me viu ficou tão envergonhado que cobriu sua cabeça. E lá estava um homem de 43 anos, escondendo sua cabeça e soluçando em seu coração.
Ajoelhei-me ao lado da cama e o peguei, com as cobertas e tudo, em meus braços e comecei a chorar com ele. Finalmente, tirei as cobertas dele e lhe disse: "O Senhor me disse o que aconteceu ontem no trabalho." Graças a Deus, Ele disse. Pois é, quando Deus se move de uma forma sobrenatural, as pessoas se convencem do Seu amor e de Sua misericórdia para elas.
Eu disse: "Irmão Sam, não deixaremos o diabo ter você." Ele soluçou e disse: "Irmão Hagin, sempre fui um homem calmo. Mas perdi a calma no serviço ontem e falei coisas que não devia. E eles sabiam que fora salvo há duas semanas atrás. Para dizer a verdadade, fiquei tão zangado, que não sei o que fiz. Não vou mais voltar à igreja. O Senhor não me ama mais."
Eu disse: "O Senhor não ama o fato que aconteceu. Mas Ele ainda o ama. E nós não iremos deixar o diabo ter você." Então ele disse: "Minhas costas doem tanto que nem pude levantar da cama nesta manhã."
Ele era somente um bebê de duas semanas. Ele ainda não tinha aprendido a andar. Os bebês não podem andar. Coloquei minhas mãos nas suas costas e disse: "Querido Senhor, sei que o Senhor o ama. Somente prove o Seu amor por ele agora." Sam levantou-se num pulo. "A dor se foi! A dor se foi! O Senhor me ama!"
c. Devemos buscar a Deus para recebermos o equipamento sobrenatural para o nosso ministério. Ele o proveu.
1) Paulo escreveu uma carta para a igreja de Corinto e disse: ... procurai, com zelo, os melhores dons (1 Co 12.31). Ele também disse: ...procurai com zelo os dons espirituais... (1 Co 14.1).
Ele não escreveu para João da Silva da igreja de Corinto, dizendo: "João da Silva, quero que você busque os melhores dons."
2) Ele disse para toda a igreja: "Procurai com zelo os dons espirituais." A Bíblia Amplificada diz: procurai com desejo profundo os dons espirituais (1 Co 14.1).
Se um grupo de pessoas buscar a demonstração sobre­natural de Deus, então, conforme o Espírito desejar, Ele irá manifestar a Si mesmo por meio de diferentes indivíduos, e particularmente neste ofício pastoral.
d. Alguns seminários ensinam psicologia. A psicologia é o estudo da mente e do comportamento do homem. Mas o homem é mais do que apenas mente (2 Ts 5.23).
E em um momento como em um relâmpago, vi o Espírito de Deus lidar com questões e assuntos pelos dons de Espírito, numa fração de segundo, que a psicologia e a psiquiatria não conseguiriam resolver nem mesmo em meses ou anos.
e. O Espírito Santo tem equipado a igreja do Novo Testa­mento com habilidade sobrenatural, poder sobrenatural, dons sobrenaturais. Ele tem chamado homens e mulheres para o ministério, e Ele os equipa para permanecerem nestes ofícios sobrenaturalmente.
f. Espere que Deus o ajude. Treine o seu espírito para ser sensível ao Espírito Santo. Espere que o Espírito Santo Se manifeste por meio de você e lhe use para Sua glória. Preste atenção a Ele. Renda-se a Ele.

M. Uma das características mais notáveis de um pastor é um coração de pastor.
1. O coração de pastor é um dom de Deus ao corpo local.
a. Graças a Deus por aqueles que o têm — que amam as pessoas. Eles são leais ao rebanho, e às vezes até mesmo ao custo de se privarem de muitas coisas por causa do rebanho.
b. É necessário um coração de pastor para cuidar dos bebês em Cristo — para amá-los, para nutri-los com a Palavra, para sustentá-los enquanto ainda estão tentando andar.
c. Em 35 anos de ministério de campo, como o meu coração gemia pelas pessoas! Percebi a grande necessidade de pastores com um verdadeiro coração de pastor. Preguei em mais de uma igreja onde pensei: "Querido Senhor, este homem não é um pastor. Como estas pessoas preci­sam de um pastor!"
Como elas precisavam de alguém que realmente minis­trasse para elas e as amasse! Meu coração doía por elas.
Eu dizia: "Senhor, desejaria que o Senhor me deixasse pastoreá-las. Somente me deixe pôr os meus braços ao redor delas e amá-las."
d. As pessoas entendem o amor. Até um velho cão vira-lata entende o amor. As pessoas podem não entender as línguas, mas elas entendem o amor. E você tem que provar às pessoas que as ama. Os pastores devem amar as pessoas.
O maior exemplo de pastor é o próprio Senhor Jesus Cristo. Lembre-se de que Ele disse: Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11).
O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.


























LIÇÃO X

O MESTRE

EFÉSIOS 4.11
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.

1 CORÍNTIOS 12.28,29
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas;
29 Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?

ROMANOS 12.4-8
4 Porque, assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função;
5 Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
6 Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé,
7 Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo;
8 Ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia com alegria.

A. Os mestres e o ensino de Palavra abrangem um lugar bem definido e importante no Novo Testamento.
B. O mestre é o único que é mencionado nominalmente nos três trechos do ministério.
C. Uma pessoa pode permanecer no ofício de pastor e mestre, ou profeta e mestre, ou evangelista e mestre, e assim por diante. Em outras palavras, pode se ocupar mais de um ofício. Separa­mos os ofícios para defini-los.
1. Atos 13.1 enumera cinco homens que eram ou profetas ou mestres, ou profetas e mestres.

ATOS 13.1
1 Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres:
Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.

a. Barnabé era um mestre (Atos 11.22-26)
b. Paulo era um profeta e um mestre (Gl 1.12; Ef 3.3; 1 Tm 2.7).
c. Ambos tornaram-se apóstolos (At 14.14).
D. Alguém que é um mestre sem ser um pastor (isto é, alguém que não tem a supervisão de um rebanho) usualmente tem um ministério itinerante pelas igrejas (ministério não-estacionário ou ministério de campo).
1. Se alguém é um pastor e um mestre (e freqüentemente este é o caso), não terá necessidade de um ministério itinerante, embora possa às vezes sair para ensinar.

E. O dom de ensino é um dom de Deus.
Deus está falando de um ofício quando fala sobre o mestre (Rm 12.4).
Ele está falando a respeito de homens e mulheres que são chamados por Deus, estabelecidos pelo Espírito de Deus, para permanecerem naquele ofício e ensinarem pela capacidade sobrenatural.
1. Temos deixado a impressão que o dom que Ele fala são os professores de Escola Dominical.
a. A igreja primitiva não tinha Escola Dominical. A Escola Dominical não começou até o século XVIII.
b. Naturalmente uma pessoa que conhece a Bíblia pode ensinar o que sabe. Qualquer cristão pode e deve compar­tilhar com os outros o que sabe, ensinando-os e ajudan­do-os. Mas isso não é o dom de ensino que Ele está falando nestas passagens onde o dom ministerial de ensi­no está relacionado.

F. O ministério de ensino requer um dom divino.
1. Experiência pessoal. Estive pregando por muitos anos. Não era um mestre. Rigorosamente, eu era um pregador. Tudo que sabia era o que chamamos "mensagem evangelística" ou salvação em sua forma mais simples. Nem mesmo tinha uma mensagem pastoral para os santos. Mas oh, como gostava de pregar! E se posso dizer humildemente, podia pregar como uma tempestade. O poder de Deus caía sobre nós enquanto pregava e grandes coisas aconteciam. Eu pregava tão rápido que as pessoas diziam: "Mais devagar. Não entendemos a metade de que você está falando." Simplesmente fluía de mim como um rio. E realmente — na minha imaturidade e falta de crescimento espiritual — não achava que alguém era ungido ao menos que pudesse pregar como uma serra elétri­ca, movendo os braços como um moinho de vento.
Eu não gostava de ensinar. Embora ensinasse na classe de escola dominical da igreja que pastoreava, nada me alegrava mais do que o término da aula da escola dominical de modo que pudesse pregar novamente. Eu detestava tanto ensinar que só olhava a lição que devia ensinar 45 minutos antes do início da aula.
Fiz um trabalho razoável. A classe cresceu e as pessoas eram abençoadas. Mas ficava tão satisfeito quando a mesma terminava, que respirava aliviado e dizia: "Obrigado, Se­nhor, que terminou até a semana seguinte." Eu não gostava de ensinar. Não fazia parte de mim.
Mas numa tarde de uma quinta-feira em junho de 1943, na casa pastoral daquela igreja, enquanto caminhava pela sala para o quarto, às três horas da tarde, subitamente algo foi implantado dentro de mim.
A melhor maneira que sei de explicar o que aconteceu é dizendo que foi como se uma ficha telefônica fosse colocada dentro de mim. Você pode ouvir a ficha cair dentro do telefone. Quase pude ouvir o que foi colocado em mim. E sabia que podia senti-lo. Algo foi implantado em mim. Veio do céu.
Parei e fiquei imóvel, porque o Espírito de Deus estava sobre mim. E, sem pensar, estas palavras fluíram de minha boca: "Agora posso ensinar." Eu sabia o que era pelo Espírito de Deus. Era um equipamento divino. Era uma capacitação divina para ensinar.
Eu gosto de experimentar as coisas — é parte de minha natureza. De modo que comecei a exercitar o dom de ensino nas reuniões de quarta à tarde. Comecei exercitando-o so­mente naquela reunião. Seis a oito mulheres reuniam-se regularmente às quartas-feiras às 2:30 da tarde para orar.
Elas eram as guerreiras de oração que carregavam os fardos de muitos outros. Continuamos a orar, mas também comecei a ensinar sobre outros assuntos, exercitando o dom de ensino.
Nunca fiz nenhuma propaganda pública daquela reunião. As pessoas sabiam que as senhoras vinham e oravam, mas nunca mencionei no púlpito que tinha começado a ensinar. Contudo, aquelas mulheres disseram aos seu maridos o que estava acontecendo. Alguns deles tiravam licença em seus serviços para virem àquela reunião. Disseram a outros. O público cresceu. Logo o templo estava cheio às 2:30 horas da tarde de quarta-feira — e não se via algo assim naqueles dias.
Aquilo me surpreendia. Às vezes movia minha cabeça maravilhado porque uma unção maior permanecia sobre mim quando permanecia ensinando calmamente do que quando pregava no topo de minha voz, agitando os braços como um moinho de vento.

G. Um mestre não é um mestre meramente por habilidade natural ou inclinação natural ao ensino.
1. A inclinação e a capacidade natural podem fornecer um pano de fundo para este dom - porém o dom de ensino não é um dom natural; é um revestimento divino para ensinar a Palavra de Deus.
a. Conheci pessoas que eram professores antes de nascerem de novo. Então foram salvas e cheias do Espírito e torna­ram-se professores capazes de classes bíblicas em suas igrejas. E era certo que assim o fizessem. Mas isto não é o dom do ministério de ensino em demonstração.

H. Nenhum ministério de ensino no poder do Espírito é seco! Ele comunicará rios de água viva.
1. Paulo descreveu o ministério de ensino como aquele que rega.

1 CORÍNTIOS 3.6-9
6 Eu plantei, APOLO REGOU; mas o crescimento veio de Deus.
7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, NEM O QUE REGA, mas Deus que dá o crescimento.
8 Ora, o que planta e O QUE REGA são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.
9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.

a. Um ministro do Evangelho estava ministrando em uma área dos Estados Unidos famosa pelas estufas de plantas e viveiros. Um cavalheiro idoso da igreja convidou o ministro visitante para ver a estufa onde cultivava as plantas. O ministro ficou surpreendido com o que viu. Ele disse: "Nunca vi um crescimento tão exuberante."
Dois anos mais tarde o ministro voltou à área. Pediu para ser levado à estufa novamente. "No momento em que entrei," ele disse, "pude ver que alguma coisa estava errada." Ainda era a mesma estufa. Tinha os mesmos tipos de plantas. Mas elas não eram tão exuberantes. Havia uma diferença notável.
"Não é como era há dois anos. O que aconteceu?" ele perguntou aos criados. Eles sabiam o que estava errado, e responderam: "O cavalheiro idoso que cuidava das plantas e as regava corretamente morreu. Agora temos outra pessoa fazendo isso."
b. Muitas obras de Deus foram arruinadas porque o processo de irrigação não estava lá para encorajar as pessoas a permanecerem na graça de Deus e para tornarem-se um belo jardim no Senhor.
c. Quando o processo de irrigação — isto é, o ensino da Palavra de Deus — é por meio de um dom do ministério chamado e equipado para ensinar, ele refrigerará e reavivará as pessoas, da mesma forma que uma planta fica fresca e refrigerada quando é regada.
d. Se o ensino não renova, refrigera e reaviva, então não é feito no poder do Espírito.
2. Apolo era um mestre. A Bíblia diz que "ele os auxiliou muito".

ATOS 18.27
27 Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos, e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles QUE mediante a graça haviam crido;

a. Estas pessoas já tinham crido na Palavra pela graça — já eram salvas.
b. Colocando o seu dom de ensino em operação, Apoio as auxiliou muito.
I. Divisões podem ser causadas pela incredulidade e dureza de coração, mesmo quando o ensino é no poder do Espírito basea­do na Palavra de Deus.
1. No ministério de Jesus isso aconteceu. Não aceitaram seu ensino. Numa ocasião a Bíblia diz: A vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele (Jo 6.66).
J. Um verdadeiro mestre do evangelho da paz nunca irá ensinar o erro doutrinário que irá dividir o Corpo de Cristo. Ele não irá causar divisão devido ao que ensina.

K. Contudo, não podemos abrir mão dos princípios elementares da doutrina de Cristo.
1. Em Hebreus 6.1,2 temos os princípios elementares da dou­trina de Cristo. Essas coisas são fundamentais e não podem ser comprometidas.
a. Arrependimento de obras mortas
b. Fé em Deus
c. Ensino de batismos
d. Imposição de mãos
e. Ressurreição dos mortos
f. Juízo eterno

L. Outras coisas não são fundamentais e você não quer causar divisão.

M.Use de sabedoria
1. Não tente converter todos os cristãos à mensagem da fé pela sua força. Alguns nunca a aceitarão. Ame-os de qualquer maneira, porque o Senhor os ama e não esquecerá deles.

N. O trabalho de um mestre é edificar, não despedaçar.
1. Cristo deu os mestres para a edificação (construção) do corpo de Cristo (Ef 4.11,12).
2. Edificar significa construir. Ele não deu os mestres para dividir o corpo.
a. Se você vê algo que está causando divisão — mesmo que seja verdade — deve abrir mão daquilo.
b. Paulo disse à igreja de Corinto e aos cristãos hebreus, com efeito: Há algumas coisas que eu gostaria de dizer-lhes, mas vocês não poderiam suportar, deforma que não direi a vocês (1 Co 3.1,2; Hb 5.11-14).
Ele ainda os amava; Eles eram nenês. Eles precisavam crescer.
O. Os mestres devem sempre estar abertos e prontos para receber novas revelações da verdade da Palavra de Deus.
1. A revelação marca o ministério de mestre.
2. Seja dócil. Eu não ouviria um mestre que não quer ser ensinado.
3. Mantenha seu coração e mente humildes.
4. Mantenha uma mente aberta e esteja sempre pronto para aprender.
5. Não seja um "sabe tudo".
a. Ainda estou aprendendo, assim como você também está aprendendo. Não seria terrível se tudo o que soubéssemos fosse só o que sabemos hoje?
b. Deus tem me trazido a revelação da verdade pela Sua Palavra, e quando ela vem sinto-me tão tolo que digo a minha esposa: "maravilha-me saber o quanto fui tão estúpido."
c. Quanto mais você aprende, mais você vê que sabe pouco.
d. Um grande e sábio homem de Deus, W. I. Evans, costu­mava dizer: "Sabemos muito pouco. Quanto mais apren­demos, mais vemos que pouco sabemos."
P. Aqui está uma revelação que o Senhor me trouxe. De fato, Jesus disse-me numa visão quando apareceu-me em fevereiro de 1959 e falou-me sobre quais eram os meus ofícios (profeta e mestre). Aquilo me surpreendeu profundamente. E ainda pro­vou-me pela Palavra.
Primeiro, Ele me disse que eu havia desarrumado meu ministé­rio ao colocar o ministério de ensino em primeiro lugar. Tinha que colocar o ministério de profeta em primeiro lugar.
Então Ele explicou que em todas as três ocasiões na Palavra onde os ministérios do profeta e do mestre são mencionados, o ministério do profeta é sempre mencionado primeiro.
1. A uns Deus estabeleceu na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, de­pois operadores de milagres, depois dons de curar, socor­ros, governos, variedades de línguas (1 Co 12.28).
2. ... E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres (Ef 4.11).
3. Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo (At 13.1).
Jesus disse: "O ofício de mestre na igreja é mais importante do que a operação de milagres e os dons de curar."
Então Jesus explicou o que queria dizer com isto. O mestre é mais importante para a Igreja - para aqueles que já são salvos. Pois é, a operação de milagres ou dons de cura com freqüência indicam o ofício do evangelista, que não é para a Igreja, mas para o pecador.
Para a igreja, o ensino é mais necessário porque os santos precisam ser ensinados, edificados, e amadurecidos pelo ensino da Palavra. Além disso, a operação de milagres e os dons de curar (ou qualquer dom espiritual) nunca firmam um cristão na fé. Mas ensinar a Palavra firmará.
Alguns acham que o dom ministerial de ensino é um chamado inferior. Não é. Lembre-se: todos nós precisamos uns dos outros.














































LIÇÃO XI

DIVERSIDADE DE DONS MINISTERIAIS

EFÉSIOS 4.8,11,12
8 Por isso diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens...
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,

1 CORÍNTIOS 12.28-30
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas.
29 Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?
30 Têm todos dons de curar? falam todos em outras línguas? interpretam-nas todos?

ROMANOS 12.4-8
4 Porque, assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função;
5 Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
6 Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;
7 Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo;
8 Ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberal idade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia com alegria.

A. Efésios 4.11 relaciona os quíntuplos dons ministeriais - aqueles que são pregadores e/ou mestres da Palavra de Deus.

B. As duas outras relações de ministérios também contêm os que são considerados de apoio para os quíntuplos ofícios ministe­riais e acrescenta mais definições de alguns dos ofícios quíntu­plos.

C. Reunidos, esses três trechos revelam a extraordinária riqueza e diversidade dos ministérios com os quais a igreja está equipada.
1. Quatro palavras gregas são traduzidas como "dons" no Novo Testamento.
2. A que foi traduzida como "dons" referindo-se a dons minis­teriais significa um revestimento espiritual.
a. Um ofício é composto por um equipamento.
b. Se Deus o chama para um ofício, Ele o equipa com o que é necessário para cumprir aquele ofício.

D. Quanto à lista do ministério de Romanos 12.6-8: 1. Imediatamente reconhecemos o profeta (v.6).
2. Imediatamente reconhecemos o mestre (v.7).
3. "O que preside" refere-se provavelmente ao pastor (v.8). a. O pastor tem a supervisão da igreja.
4. Em adição, encontramos ministros (v.7).
5. Exortadores (v.8).
6. Pessoas que contribuem (v. 8).
7. Aqueles que exercem misericórdia (v.8).

E. Quanto à lista do ministério em 1 Coríntios 12.28:
1. Encontramos apóstolos (v.28).
2. Profetas (v.28).
3. Mestres (v.28).
4. Milagres e dons de curar são considerados como um minis­tério distinto (v. 28).
a. Já vimos que esses dons ocupam um lugar especial no ministério do evangelista (At 8.5-7,13).
b. Não estão restritos somente a esse ofício.
5. Socorros (v.28).
a. Não encontramos paralelo a esse ofício em Efésios 4.11.
b. Cremos que é citado em Romanos 12 conforme veremos mais tarde.
6. Governos (v.28).
a. Provavelmente eqüivale aos pastores de Ef 4.11.
b. Provavelmente eqüivale ao "que preside" em Rm 12.
7. Variedade de línguas (v. 28,30).
a. Um ministério definido estabelecido por Deus na igreja.
b. Julgando com 1 Coríntios 14.5, tal operação estaria inti­mamente relacionada ao ministério dos profetas quando equipados com o dom de interpretação.

F. A origem divina desses ministérios é enfatizada nas três listas.
G. Alguns desses dons — particularmente os de Romanos 12 — podem aparentar nada ter de sobrenatural. Ainda assim todos vêm de uma fonte sobrenatural, e são dados pelo mesmo Espírito, pela graça.
1. O revestimento sobrenatural nos ofícios como de socorros e governos pode não ser tão espetacular quanto em alguns de outros ofícios, porém é igualmente sobrenatural.











LIÇÃO XII

O OFÍCIO DE SOCORROS

1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, SOCORROS, governos, variedades de línguas.

A. No meio dessa lista de ministérios, onde também aparecem o ministério de apóstolos, profetas, mestres, etc. — encontramos o ministério de socorros.
1. Conforme já disse, o meio eclesiástico não tem acertado ao reconhecer somente dois ou três ministérios.
a. Quando iniciei no ministério tudo o que reconhecíamos era somente os pastores e os evangelistas.
b. Automaticamente pensei que se Deus não me chamara para pastorear então Ele me chamara para ser um evan­gelista. Somente depois de muitos anos no ministério é que percebi que o meu chamado não era nem para pastor nem para evangelista.
2. Seu chamado poderá ser para o ministério de socorros.
a. Se assim o for, então tentar ingressar em outro ofício na realidade é intromissão, e resultará em problemas.
1) Sem saber, creio eu, muitas pessoas que foram chama­das para o ministério de socorros, e que teriam sido uma grande bênção para a igreja, se tivessem perma­necido no seu ofício, fracassaram nos seus ministérios porque não permaneceram no ministério de socorros como deveriam.
2) Muitas vezes pensam: "Sinto o chamado. Devo então ser um pastor ou um evangelista." Tentam portanto operar num desses dois ofícios e logicamente então não são bem sucedidos porque não foram chamados para estes ofícios.

B. A palavra grega traduzida por "socorros" em 1 Coríntios 12.28 somente aparece nesse trecho no Novo Testamento.

C. Os léxicos gregos traduzem a palavra como um ajudador ou aliviador.
1. Pode-se ver que benefícios e assistência este ministério pode proporcionar, especialmente no papel de apoio aos quíntuplos dons ministeriais.
2. Provavelmente o melhor comentário seria encontrado na lista paralela de Romanos 12.8: aquele que exerce miseri­córdia.
a. De acordo com o Dicionário Explicativo de Palavras do Novo Testamento, de W. E. Vine, o ministério de socor­ros é "um dos ministérios da igreja local, na forma de prestação de assistência, talvez especialmente do socorro ministrado aos oprimidos e aos necessitados".
b. A Bíblia Amplificada traduz Romanos 12.8 por: Aquele que exerce misericórdia com genuína satisfação e alegre impetuosidade.
c. A. S. Way apresenta este trecho do seguinte modo: "Se você vier com compaixão ao doente, levará a luz do sol de Deus em sua face."

D. Aquele que auxilia deve ter o verdadeiro equipamento de poder e graça divina.

E. Romanos 12.7 diz: Se ministério, dediquemo-nos ao ministé­rio...
1. A palavra traduzida por ministro freqüentemente é usada de maneira geral no Novo Testamento para se referir a todos aqueles que ministram nas coisas santas, incluindo os pró­prios apóstolos.
a. Em primeiro lugar, Romanos 12.7 pode ser usado de modo geral, ou seja, qualquer que seja o seu ministério: "Aquele que ministra dedique-se ao seu ministério."
1) 0 que isso significa? Que para ser bem sucedido, para ser capaz de ministrar eficazmente, você terá que gastar tempo em preparar a si mesmo e para esperar em Deus.
2. Contudo, como a palavra "ministério" é utilizada em Roma­nos 12.7, evidentemente tem um sentido distinto dos outros ministérios mencionados. Aproxima-se intimamente ao tipo de ministério dos diáconos (At 6.1-6).
a. Essa palavra diácono é usada em Filipenses 1.1 e em 1 Timóteo 3.8-13.
b. Aplica-se a Febe em Romanos 16.1 e é traduzida por "serva"
c. O ministério do diácono nos primeiros dias da igreja tinha forte conexão com a distribuição de alimentos aos santos bem como a supervisão no cuidado com os pobres e os enfermos.
d. Trata-se de um dom divino concedido por Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja. É necessário mais do que simplesmente habilidade natural para efetivamente exercer este minis­tério, assim como qualquer outro ministério.
3. Atos 6.1-6 descreve a respeito da escolha de sete homens para servirem como diáconos no ministério de socorros.

Atos 6.1-6
1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2 Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria aos quais encarregaremos deste serviço;
4 E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5 O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6 Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

a. Filipe começou aqui no ministério de socorros. Ele aju­dava os apóstolos servindo as mesas, para que os mesmos ficassem liberados para a oração e para o ministério da Palavra. E como Filipe provou ser fiel, Deus levou-o a tornar-se um evangelista (At 21.8).
b. Estevão começou no ministério de socorros. Deus o usou poderosamente.
c. Os outros cinco homens não são mais mencionados. Evidentemente continuaram no ofício de socorros.
d. Embora seus nomes não tenham sido mencionados em outro trecho do Novo Testamento, se foram fiéis no seu ofício, receberão tão grande recompensa quanto Filipe e Estevão.
4. Paulo escreveu a respeito daqueles dois que o auxiliavam: Saudai a Priscila e a Aquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças; e isto lhes agradeço, não somente eu mas também todas as igrejas dos gentios (Romanos 16.3,4).
5. Ele também escreveu: Saudai a Maria que muito trabalhou por vós (Romanos 16.6).
6. O Novo Testamento também faz referência a outros que exerceram o ministério de socorros.

F. O ministério da música. O ministério da música funciona como ministério de socorros, de apoio ao ministério quíntuplo.
1. Que socorro! Que ajuda! Que assistência é o ministério da música! O ministério da música não é um ofício distinto; é o ministério de socorros em operação.
2. É um ministério ungido.
a. Não é algo que alguém desempenha só porque é talentoso.
b. Deus pode usar os talentos se as pessoas consagrarem seus talentos a Ele.
c. Mas é bastante perceptível para aqueles que têm o Espí­rito de Deus e são sensíveis às coisas do Espírito quando alguém está "ministrando uma música sob unção" do Espírito Santo no ministério de socorros e quando alguém está "somente cantando".
3. O profeta Eliseu pediu para trazerem um tangedor. O minis­tério de música pode ser de grande valia para aqueles que exercem os quíntuplos dons ministeriais, particularmente o profeta. Quando o tangedor tocava seu instrumento musical, o Espírito Santo veio sobre o profeta Eliseu e ele profetizou.

2 REIS 3.15,16
15 Ora, pois, trazei-me um tangedor. Quando o tangedor tocava, veio o poder de Deus sobre Eliseu.
16 Este disse: Assim diz o SENHOR...

a. O tocar aquele instrumento musical pelo tangedor foi um auxílio para o profeta entrar no Espírito.
b. "A mão do Senhor veio sobre ele" significa que o Espírito Santo moveu-se sobre o profeta. Muitas vezes no Antigo Testamento, faz-se referência ao Espírito Santo como "a mão do Senhor".
c. Por que o profeta pediu a presença do tangedor? Para atrapalhá-lo! Não! Para ajudá-lo.
G. Qualquer coisa que tem a ver com o funcionamento da igreja ou com o ministério passa pela operação do ministério de socorros.
1. As pessoas que trabalham em nossos escritórios, por exem­plo, estão servindo no ministério de socorros. Nada poderia fazer sem a ajuda deles. Graças a Deus pelo ministério de socorros!
a. Quando vier o dia da recompensa, se forem fiéis no ministério de socorros, receberão tão grande recompensa quanto a minha.

1 SAMUEL 30.24
24 ... Porque, qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes iguais.

b. Deus não nos recompensa de acordo com o ofício que ocupamos; Deus recompensa a fidelidade.



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1 W. E. Vine, Dicionário Explicativo de Palavras do Novo Testamento (1940: Fleming H. Revell Company, Old Tappan, Nem Jersey: 1966), p. 213.









































LIÇÃO XIII

O MINISTÉRIO DE LÍNGUAS E INTERPRETAÇÃO

1 CORÍNTIOS 12.28-30
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, VARIEDADE DE LÍNGUAS.
29 Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?
30 Têm todos dons de curar? FALAM TODOS EM OUTRAS LÍNGUAS? INTERPRETAM-NAS TODOS?

A. Variedade de línguas (diferentes tipos de línguas) é visto aqui como um ministério definido estabelecido por Deus na igreja.
B. Ser cheio do Espírito e falar em línguas conforme a expressão vocal dada pelo Espírito não é o ministério de línguas.
C. Em 1 Coríntios 12.28 e 30, a Palavra de Deus se refere a ministrar aos outros através de línguas e interpretação, como um dom de ministério.
1. Por exemplo, uma pessoa não ocupará o ofício de um após­tolo para abençoar a si mesma. Ocupar o ofício de um apóstolo, obedecer ao chamado de Deus para aquele ofício e ser equipado pelo Espírito para permanecer naquele ofício lhe dará condições para ministrar aos outros. Do mesmo modo, o ministério de profeta não é para uso ou ganho pessoal. O profeta é equipado pelo Espírito de Deus para que possa ministrar aos outros.
O mesmo é válido para o ministério de ensino. Alguém não recebe o dom de ensino para ensinar a si mesmo. Mesmo desfrutando dele, o mesmo é dado para ensinar aos outros, para ministrar aos outros.
2. Variedade de línguas está na mesma lista de apóstolos, profetas, mestres. Não é algo para benefício pessoal na vida devocional. É algo para ser ministrado em assembléia públi­ca para o benefício dos outros. Este ministério não é para os leigos. É para aqueles chamados para o ministério quíntuplo.
D. Ser cheio do Espírito com o falar em línguas é para uso e edificação pessoais — e não para os outros.
1. Trata-se primariamente de um dom devocional.
2. Paulo disse à igreja de Corinto: Dou graças ao meu Deus porque falo em outras línguas mais do que todos vós (1 Co 14.18), mostrando que era primariamente um dom devocio­nal em sua vida de oração, louvor e adoração a Deus.
E. Todas as línguas em essência são as mesmas, mas o seu uso, propósito e finalidade são diferentes.
F. Somente poucas pessoas entre aquelas que são cheias do Espí­rito e falam em outras línguas serão usadas no ministério público de línguas. É por isso que Paulo pergunta: ... Falam todos em outras línguas? (v.30). Obviamente a resposta é não.
1. Alguns tiram o versículo 30 do contexto e dizem: "Falar em línguas não é para todos." Eles tentam fazer o ministério de línguas igual ao dom de línguas que cada crente cheio do Espírito tem operando em sua própria vida de oração parti­cular. E não é o caso.
2. Pelo contexto, fica claro que Paulo se refere ao ministério de línguas ou diversidade de línguas.

G. Indo um passo além, o que Paulo está falando aqui nessa lista de dons do ministério juntamente com o apóstolo, o profeta, e o mestre, é a respeito de algo totalmente distinto daquilo que os leigos chamam de "falar em línguas". Pois aqui trata-se de um ministério. Aplica-se àqueles que foram chamados para minis­trar desse modo, e se aproxima mais intimamente do ofício de profeta.
Exemplo: As primeiras pessoas que vi Deus usar dessa maneira foram a irmã e o irmão Goodwin. Por mais de 40 anos dirigi reuniões em suas igrejas e eles ministraram comigo.
Em fevereiro de 1960, mal terminara de uma reunião em Beaumont, Texas, quando fui ministrar para o casal Goodwin na Primeira Assembléia de Deus em Pasadena, Texas.
Um casal de Beaumont foi a Pasadena certa noite. A mulher fora em todas as reuniões em Beaumont. O marido não tinha ido. A mulher me pedira que orasse por ele e contara-me alguns de seus problemas.
Então, ele veio com ela a Pasadena e estava na reunião. E o Senhor me disse para chamá-los à frente. Pensei que Ele queria que ministrasse ao casal. Sabia o que Ele queria lhes falar.
Então, quando estavam bem na minha frente, vi na dimensão do Espírito. Na visão, aquele casal estava voltando para casa em Beaumont após aquela reunião. Vi o diabo atacá-la dizen­do-lhe: "O irmão Hagin não estava ministrando sobrenatural­mente, porque você já tinha falado com ele a respeito dos problemas do seu marido." O diabo tentaria usar o que já sabia para tentar roubar aquilo que Deus queria dizer.
Então o Senhor me disse: "Peça para que o casal Goodwin ministre a eles."
Eles não conheciam os Goodwins. Os Goodwins não os conhe­ciam.
A irmã Goodwin começou a falar em línguas. O irmão Goodwin as interpretou. Eles falaram diversas vezes de trás para diante em línguas e interpretação. E ministrando sobrenaturalmente assim, desenharam um quadro melhor do que aquele que lhes teria dito. Permaneci ali, maravilhado. Era sobrenatural! Por meio daquele dom ministerial, diversidades de línguas, eles sabiam exatamente qual era o problema deles, principalmente o do marido, e exatamente o que fazer para solucioná-lo.

H. Como um dom de ministério, línguas e interpretação operam •juntas, como vemos neste exemplo de irmão e irmã Goodwin.















LIÇÃO XIV

O MINISTÉRIO DE EXORTAÇÃO

ROMANOS 12.4-8
8 OU O QUE EXORTA, FAÇA-O COM DEDICAÇÃO...

A. Esse é o único lugar onde a exortação é mencionada como um ministério separado e distinto.
1. Normalmente, a exortação é vista como parte natural e essencial de quase todos os ministérios.

B. O pensamento primário é trazer encorajamento ou para consolar ou para reanimar.

C. Há um ministério específico nessa linha.

D. O exortador encoraja o perdido a ser salvo.
1. Sam Jones, que era grande evangelista metodista, costumava pregar por duas horas e a seguir passar a palavra para um exortador conduzir o apelo. O exortador às vezes falava por 45 minutos. Ele encorajava as pessoas, exortando-as a serem salvas.
2. Na minha opinião pessoal, muitos daqueles a quem chama­mos de evangelistas, hoje em dia, são na realidade exorta-dores. O ministério deles parece estar inteiramente voltado em encorajar e desafiar as pessoas a serem salvas.
a. Aqueles que permanecem no ofício de evangelista ope­ram nos dons sobrenaturais (milagres e dons de curar) seguindo a sua pregação. Isto aconteceu no ministério de nosso único exemplo de evangelista do Novo Testamen­to, Filipe. Um verdadeiro evangelista tem esses dons acompanhando-o.
b. Não estou depreciando o ofício de exortador. É um ofício! Só estou dizendo que temos nomeado incorretamente alguns ministérios.

E. O exortador também exorta os cristãos com uma mensagem de encorajamento e consolo.















LIÇÃO XV

O MINISTÉRIO DE CONTRIBUIÇÃO

ROMANOS 12.8
8 ou o que exorta, faça-o com dedicação; O QUE
CONTRIBUI, COM LIBERALIDADE...

A. O ministério de contribuição era um ministério reconhecido na igreja primitiva, tal como era o ensino ou a cura. Trata-se de um dom ministerial.

B. Todos nós podemos entrar na graça de contribuir, mas alguns têm equipamento divino para contribuir:
1. Riqueza pessoal.
2. Ou administração de recursos associados.

C. Outra tradução assim o expressa, aquele que tem riqueza para distribuir deve fazê-lo com vistas ao serviço de Deus.

D. Aqueles que têm riquezas deveriam contribuir de maneira cor­reta, em bons lugares onde fossem utilizadas por Deus.
1. Os ministros do Evangelho devem gastar tempo ensinando as pessoas a respeito do contribuir.
a. Eles deveriam ensinar às congregações sobre o ministério bíblico da contribuição.
b. Eles deveriam ensinar àqueles que têm riqueza a distribuir corretamente onde possa ser utilizada para a obra de Deus.
2. Alguns falsos ministros do Evangelho levantam dinheiro para projetos que não existem.
3. Não engula algo só porque parece bom. Aprenda a ouvir o seu espírito.
4. Ore e busque a Deus a respeito de onde deve pôr seu dinheiro.
E. Alguns podem sentir a chamada para o ministério, e bem como Deus os tem chamado a este ministério de contribuição.















CONTRACAPA

Ao conceder os dons dos ministérios à sua Igreja, tinha o Senhor o propósito de levar os santos ao aperfeiçoamento. Sem estes dons não atingiremos a maturidade.
- Precisamos de todos os cinco dons ministeriais operando juntos para trazer o corpo de Cristo à plena estatura de Cristo.
- Os nenês espirituais são facilmente abalados e levados por falsas doutrinas.
- Jesus colocou os dons do ministério na igreja para nos auxiliar a crescer conforme à Sua imagem.
- Não podemos atingir este lugar (funcionamento) do ministério quíntuplo.
- Algumas igrejas amadurecem só até certo somente dois ou três dons do ministério: evangelista, pastor,e, algumas vezes, o ministério de mestre.

A Respeito do Autor
Marcos 11.23 e 24 são as notas tônicas da vida e do ministério de Kenneth E. Hagin.
Creu, pela primeira vez, nestas declarações surpreendentes dos lábios de Jesus quando jazia quase totalmente paralisado e comple­tamente confinado à cama por causa de um coração deformado e uma doença sangüínea incurável. Os médicos não esperavam que chegasse ao seu 17º aniversário.
Mas, depois de 16 meses confinado à cama, creu que aquelas Escrituras significavam aquilo que diziam - e agiu à altura delas com fé simples - e levantou-se curado.
Mais tarde, o Senhor chamou-o para "Ir ensinar a fé ao Meu povo." O cumprimento desta vocação já completou mais de 50 anos enfatizando a integridade da Palavra de Deus.